instituto projetos ambientais, em revista

Falando sobre projetos ambientais e sustentabilidade



Buscando-se uma associação intrínseca e técnica (desvencilhando-se frustações políticas e refutas aos novos paradigmas ambientais), associa-se nesta pauta, elementos sobre projetos ambientais estratégicos, tidos pelo Estado de São Paulo.

A Secretaria do Meio Ambiente do Estado apresenta que para a elaboração de uma agenda até 2020, considerou itens como:
- mudanças climáticas e os reflexos do aquecimento global na biodiversidade e economia;
- O conceito de Desenvolvimento Sustentável;
- A gestão eficiente do meio ambiente com resultados efetivos e transparência da ação.

Assim, São Paulo estima um total de 21 projetos a serem implementados, de forma descentralizada e com co-responsabilidade de:
- Municípios;
- Órgãos públicos;
- Entidades ambientalistas;
- Empreendedores da inicitiva privada;
- Entidades representativas da sociedade.

Os projetos envolvem temáticas como: Cenários ambientais 2020; Cobrança do uso da água; Desmatamento zero; Etanol verde; Unidades de conservação; Pesquisa ambiental; Licenciamento unificado; Município verde; Invesrtidor ambiental; entre outros.

Ao exemplo do Projeto sobre "Cobrança pelo uso da água" a meta é iniciar a cobrança em 14 das 21 Bacias Hidrográficas do Estado com prazo até Dezembro de 2010. Sendo os primeiros produtos o cadastro de usuários por bacia e campanhas de sensibilização.
Outro exemplo é sobre o "Licenciamento unificado" traçando metas como a regionalização do licencimento por UGRHI (Unidade de gerenciamento dos recursos hídricos)indo à implantação da Agência Ambiental da Cetesb, municipalização de parte do licenciamento e readequação da fiscalização. Os primeiros produtos são a distribuição das novas agências, revisão dos procedimentos de licenciamento, readequação da infra-estrutura e treinamento do corpo técnico.

Isso significa, tendo como referência as posições da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, que novos instrumentos e mecanismos devem ser projetados para ampliar as respostas dos efeitos negativos sobre os recursos naturais.
Municípios, ecolas e sociedade civil tratarem suas agendas ambientais.
O resultado acumulado de impactos denota um saldo pesado e nocivo sobre as condições humanas - fisiográficas, fisiológicas, psicossocias.

Fiscalizar e punir são últimos efeitos das ações sobre o controle da poluição ambiental - não necessariamente os mais eficazes. Usando os modelos de quem explotou além de, os recursos naturais, o Brasil segue pelo caminho da 'punição', valorando inicialmente o dano ambiental ou mesmo tratando como bem de capital, serviços e cotas de volumes de água. Isso é uma realidade, não é utopia!

Nestes termos, vale muito mencionar a trajetória da Educação no Brasil, isto pois, sobre a Educação formal, profissionalizante e detendora de atribuir méritos de titulação e formação a tantas categorias de trabalho especializado. Ou seja, os profissionais que estão na dianteira da gestão (ambiental) oficial no Brasil devem ter alguma qualificação, assim como os novos profissionais que se inserem nos fluxos de trabalho e capital. Essa exigência tem sido pré-requisito.

Em 2009, em algumas palestras e encontros falando sobre Sustentabilidade e Recursos Naturais, ou mesmo sobre as relações entre trabalho e energia, verificam-se tendências interessantes sobre a continuidade do perfil em escolas de formação.

Como: detecta-se que a desinformação ambiental é uma lacuna a ser desenvolvida,dentro das disciplinas curriculares, não apenas como 'consciência' e falácias estatísticas, mas como método, como uma ciência transversal, científica e inerente aos PCN's.
Verifica-se grande interesse pelo conhecimento desta ciência por parte de profissionais em formação. Ainda que conscientemente receiosos, expressam reflexos projetivos indiretos, propensos a ações integradoras da questão ambiental.
Naturalmente, um histórico milenar ainda sustenta fortes efeitos sobre a necessidade humana de aceitação/resistência à proteção dos recursos naturais, bem como a capacidade em assumir essa nova condição - preservacionista (tão destoante do exemplo coletivo e particular à história dos núcleos sociais).

A isto, vale integrar outros pontos de vista, não apenas pelo viés da Educação - pelo ângulo de quem é formado, mas nesse caso, dos formadores. Como os formadores podem alcançar um estado de discussão sobre o tema Sustentabilidade? Como início. Para então, poder praticar nos seus métodos psicopedagócios, reações conceituais e práticas ao complexo tema ambiental.

Numa conversa pontual, nesta semanda, em uma discussão alcançada com uma professora que é Assistente Social (com formação psicossocial) e por fase de redação de sua dissertação de mestrado, foram observados diversos pontos realacionados à questão da Sustentabilidade, oportunamente muito interessantes, atuais e integradores da experiência diária no trato do tema "Futuro Sustentável".
Esta professora disse o seguinte - parafraseando e numa quase síntese (destacando a importância em que seria transcrever toda a discussão, aliás foi pedido a ela a elaboração do texto sobre):

"No desenvolvimento e aceitação à condição existencial, o homem passa inevitavelmente por três estados egóicos: um primeiro percebe-se no reconhecimento de planeta único, até à negativa percebendo a Terra ser parte de um sistema solar; um segundo está na teoria da evolução, assumindo pelas espécies um estado-condição de existência (Darwim); e por último, outra condição egóica é percebida nas próprias relações de poder, associadas e dicotomizadas dos ecossistemas integradores."
Esta síntese desenhada pela Professora é um sustentáculo para os diversos pontos e quesitos que derivam para a Psicologia Ambiental. Logicamente, a Sustentabilidade não é um tema científico a ser explorado, como legítimo, se não conseguir permear as distintas áreas do conhecimento. Inclusive a tecnologia e o tecnicismo.
Sem defender nem um campo científico nem outro.
Isto ao sentido da proposta de uma pausa, para formandos e formadores.

Outro profissional, Professor e Psicológo também alertou, baseando-se em Fêlix Guattari, para explicar sobre o que considera "As utopias necessárias".

Possivelmente, num mundo em que se privelegia o estado "egóico" de viver, a real Sustentabilidade pode brotar do que se denomina "Utopia Neessária".
Esse reflexão só pode assumir espaço nas escolas, se ao menos começarmos a falar sobre ela. Pensar já é um passo.
Para os formadores e formandos que ainda não conseguem falar sobre essas questões, não há problema. Por ser tão necessária, ainda haverá oportunidade para se pensar sobre isso.

"O nosso mundo local precisa compreender mais". Por vezes o existir é apenas cumprir tarefas burocráticas e autocráticas.
Falta oportunidade para o lúdico, para o processo criativo. Para o desenvolvimento do senso de respeito ao contíguo espaço material e imateiral.

Ou, como inicia-se a postagem, os próprios efeitos fiscalizadores e punitivos do arranjo institucional de gestão (ambiental), criarão lacunas da "sintomalogia", indo a teoria de pensamentos sistêmicos e reações sobre o inconsciente coletivo.
Isto mesmo, já se pode perceber, em manifestações sobre algum consciente individual.
Não deixa de ser um campo de partida.

Aos que pensam sobre o tema Sustentabilidade nosso solidário desejo de comunhão.
Sempre buscando novas propostas em projetos ambientais, reflexões correlatas e necessárias.
Aos que ainda não estão no estado de consciência sustentável, nosso papel de educadores e formadores, valoriza-se.

Alguns Agradecimentos: À Assistente Social e mestranda em Psicologia e, ao Psicólogo - ambos professores e amigos de calorosas conversas sobre o estado humano de existir. Ponderações tão enriquecedoras no árduo cotidiano em que só se quer "cotidianiar".

Nota: A Figura mostra a importância da escala de referência tida na Bacia Hidrográfica. Formar, na atualidade, é tornar possível compreender, ao menos, que o homem produz ou desenvolve para o outro, à qualidade de sinergia nesse (s) espaço (s). Podendo a partir disso, sim, traduzir melhor, também, seu próprio espaço (mais) local.
Não tornar possível essa compreensão, é adiar na oportunidade da profissionalização, o inevitável pressusposto que se considera "qualidade de vida" (na ação do trabalho). Mesmo que o princípio egóico "felicidade é tratar o homem como o centro do universo", ainda, homeopaticamente, perdure por tempos ainda.

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