instituto projetos ambientais, em revista

Política Brasileira e Meio Ambiente

2. A política brasileira em 2010: uma ambientalista chama o país para o Desenvolvimento Sustentável


O Brasil de 2010 é convocado para eleger um novo presidente.

A pauta política traçada pelos principais partidos brasileiros transformou o que deveria ser uma rica disputa eleitoral e de projetos para o país, numa tentativa de 'plebiscito' - o que seria numa prova 'sim' ou 'não'. Como num referendo para dar vastos poderes a um candidato per si "majoritário".

Isso aconteceria - não fosse - o debate levantando por uma ambientalista, que entra na disputa eleitoral do Brasil, em 2010, gerando uma terceira via de opção para a tentativa de 'plebiscito'.

A candidata não somente gerou uma nova forma de fazer política, para a história de mandatários 'coronéis', como chamou toda a população do Brasil para um novo tipo de debate - o da Sustentabilidade.
A pauta do programa da candidata ecológica - que deu o tom da eleição de 2010 - é sustentado no conceito de "Desenvolvimento Sustentável". Ou seja, 'uma forma de usar os recursos naturais minimizando impactos nas trocas de energia e garantindo os estoques em qualidade e quantidade para as gerações futuras'.

O Brasil é o país com melhor condições no planeta de assumir a dianteira de um novo modelo de planejamento e gestão para a economia verde e sustentável. Mas, ainda é um conceito com resistência para o sistema de política do país, com representantes predatórios para as formas de uso dos recursos naturais.

Ainda assim, a estratégia política de uma mulher, negra e candidata verde para representar este novo programa, ganhou vulto no decorrer da campanha política, levando as eleições para um segundo turno, e destituindo o plebiscito monogâmico e monocromático de governos autoritários.

O resultado nas eleições do Brasil em 2010 para  o cargo de Presidente da República - dados aproximados e pesquisados no TSE:

- dos estimativos 130 milhões de eleiores aptos a votar:
a) 20 milhões abstiveram-se de votar (não foram votar)
b) 20 milhões de eleitores escolheram o projeto de Desenvolvimento Sustentável - da candidata e ambientalista
c) houveram votos brancos e nulos - outros candidatos de partidos pequenos

Conclusão:

Grande parte da população do Brasil, especialmente com curso superior e classe C, votaram em favor de um projeto de sustentabilidade; e, grande parte não se mostraram interessados pela política.

Um resultado significativo para a eleição de um representante para defender aos interesses de todos.
Um sinal relevante para a necessidade de incorporar políticas ambientais.

Grande aceitação para um programa de "Desenvolvimento Sustentável" para um país novo e de grandes diferenças sociais, regionais, econômicas e com grande defícit em educação. Colocando assim, pelas limitadas diferenças, em escala de aceitação para uma proposta de projeto sustentável, mesmo à frente de países desenvolvidos e que em tópicos de referência ambiental, deveriam ou poderiam estar comprometidos em transfer|ência de tecnologias ou projetos aplicados em setores como energia e indústria limpa para países em desenvolvimento.

O projeto de sustentabilidade - foi, nesta eleição de 2010, pouco ou nada apoiado pela mídia dominante e comprometido pelas escalas de educação e cultura de núcleos pouco facilitadores do processo de entendimento do conceito do "Desenvolvimento Sustentável".
Mas, o Projeto de Sustentabilidade - foi naturalmente aceito por grande parte da população - sinalizando o interesse e apoio para este programa. O tema Meio Ambiente é de real interesse do povo brasileiro - desafiando os gerentes políticos a incorporarem esse novo modelo nas suas representações públicas.

Traduzir projetos em meio ambiente para escalas reais é um dos processos mais contemporâneos e necessários para a realidade do planeta, podendo o Brasil ser o país com melhor condições de estar a frente desta proposta.

É preciso e possível converger Economia Capital em Economia Sustentável.

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1. A política ambiental brasileira como parte da história política

Criamos esta página voltada à política brasileira e o meio ambiente, claro, pois a natureza está como base de sustentação do capitalismo e da economia produtiva. O objetivo do Blog Projetos Ambientais é auxiliar na concepção de projetos voltados ao meio ambiente e, as políticas públicas, ou mesmo políticas ambientais, são vertentes transversais ao planejamento e gerenciamento ambiental.

Ainda, neste período de 2010, estamos diante do ano pós Copenhague - COP 15 - Reunião do Clima e tantos eventos associados diretamente ou indiretamente às mudanças climáticas regionais e globais. Qual o papel do Brasil nesse processo todo? Como a política brasileira se comportou na questão do clima e como se comportará nessa evolução planetária necessária ao futuro sustentável? O que é mesmo sustentabilidade?
E a figuração política do Brasil e dos seus dirigentes, em ano de transição presidencial e do absurdo do projeto de reforma "política" de um dos instrumentos mais importantes para as florestas do Brasil, que é o Código Florestal. Sobre isso falaremos um pouco nesta página - especialmente para os profissionais, alunos e professores - se posicionarem na elaboração, exequibilidade e monitoramento de projetos ambientais já criados e os novos projetos para o necessário futuro ambiental. Naturalmente, intricados na política e nas políticas de micro, meso e macro escalas. Construindo uma história ambiental positiva ou retrógrada às necessidades e qualidade de vida das populações e vida útil do próprio processo capital e economia sustentável.

1.1. Contexto da história política ao viés ambiental

Hoje, agosto de 2010, nos parece surpresa a elite burocrata do Brasil ao se aperceber que um partido tradicional, sólido e neoliberal está sujeito a um vexame eleitoral. Parecia que o centro político iria ter dificuldades mas chegar a um segundo turno eleitoral. As pesquisas mostram que o populesco Partido dos Trabalhadores deverá continuar no poder. À baixa compreensão das massas popualares em também manter estagnada a candidatura mais 'natureza' - a do Partido Verde, que tem a sua frente a ex-Ministra do Meio Ambiente Senadora Marina Silva - ex-Partido dos Trabalhadores e uma das mais respeitadas autoridades em meio ambiente, aqui no Brasil e fora do Brasil.

São três os candidatos mais conhecidos nesta eleição para o novo presidente do Brasil: duas mulheres e um homem.
O Homem de centro - neoliberal, as duas mulheres oscilam, um pouco menos aqui um pouco mais ali, mas há convergência plena de uma delas para a economia tradicional. A outra, se destaca em favor do Desenvolvimento Sustentável e da economia verde e mecanismos de desenvolvimento limpo.
Estamos falando, por ordem, do Governador do Estado de São Paulo - José Serra; da Ministra da Casa Civil do atual presidente Lula - Sra. Dilma Russef e; de Marina Silva, ativista ao lado de Chico Mendes, Senadora pelo Acre e a primeira pessoa a tornar o Ministério do Meio Ambiente do Brasil um organismo real e capaz de respirar.
Aquele que sair vitorioso - assim como os próximos políticos - vão sempre ter o desafio das questões ambientais - querendo ou não. Existem sim, aqueles políticos avessos ao meio ambiente - como os propositores e que estão apoiando as mudanças de reforma do Código Florestal. Mas aí, pensamos, não se tratam de políticos que legislam para as populações e para o futuro sustentável, mas sim, de grandes ignorantes que faltaram às aulas de ciências e que são incapazes de estudar a atual realidade e déspotas de crianças e idosos, de educadores e civis. Infelizmente eles existem!

1.2. O recente histórico da política e o futuro do meio ambiente

A verdade é que nem o governo Fernando Henrique Cardoso (pelo seu PSDB) e nem o seu sucessor Luís Inácio Lula da Silva - construíram grandes feitos ambientais, sendo muito condescendente. O primeiro - a história atual diz não construiu muita história face ao vexame a que se submete seu canditato sucessor José Serra - muito menos ambiental. O segundo, cercado de expectativas para o tema ambiental - lembramos bem de um debate na TV antes da eleição - em que caiu uma pergunta sobre a transposição do Rio São Francisco - Lula disse: "não podemos tomar uma decisão assim, sem sérios estudos e debates, transparência e apoio popular". Depois de eleito Lula disse: "a transposição do Rio São Francisco é como tirar uma cuia de água do rio (e mostrou com a mão o formato de uma tijelinha)." Nem a greve de fome de um padre o fez mudar de ideia ou estender os Estudos de Impactos Ambientais - sedimentá-los. O quadro se agravou tanto que, sua Ministra da Casa Civil começou a desgastar o trabalho do Ministério do Meio Ambiente - dizendo pois que o Meio Ambiente estava atrasando o Desenvolvimento. A situação se agravou tanto que a Ministra do Meio Ambiente se demitiu - um dos momento mais caóticos da questão ambiental brasileira, desabando a esperança postergada a décadas, mesmo sendo lúcido postergada por toda a existência do país.

A situação não é de rir, pelo contrário - mas o Brasil mostrou sua face mais 'tupiniquim', no sentido de primitivo e vexatória quando, nos preparativos para Reunião do Clima em Copenhague - Outubro-Dezembro de 2009, já tendo a Ministra Marina Silva se demitido e a Ministra da Casa Civil se preparando para ser a sucessora de Lula emerge o posicionamento de todo o planeta para a questão das reduções de emissões de Caborno, todas as lideranças buscando mecanismos para alternativas em se manter a economia e ao mesmo tempo incentivar os pesquisadores para processos tecnológicos mais limpos. Assim como para a questão das florestas - ora, responsáveis pelo sequestro de carbono e toda essa complexidade em torno das indústrias e o tema ambiental.
No Brasil, nesse período, o deputado Aldo Rebelo e outros listados - para quem quiser na Internet e cerdados pelo ativismo do Greenpeace, lideram um projeto de mudanças no Código Florestal - legalizando pontos altamente questionados pela técnica e em favor da agropecuária - buscando legitimar a diminuição nas faixas de vegetação nas margens dos rios, compensar retirada de vegetação em outras bacias hidrográficas, perdoando os desmatadores atuais e pior, usando o argumento que é para proteger o pequenino produtor agrícola.
Lembramos de um dizer de um poeta que não é brasileiro, mas se faz oportuno:
"A inteligência é uma questão de química orgânica, nada mais. Não somos mais responsáveis por sermos inteligentes do que por sermos ignorantes."


Nas vésperas da ida a Copenhague - Dez. 2009: A Ministra da Casa Civil Sra. Dilma Russef dispara a maior pérola ambiental conhecida: "O Meio Ambiente é contra o Desenvolvimento Sustentável" - "O Meio Ambiente não pode atrapalhar o Desenvolvimento Sustentável"... E por aí afora!!!! Foi um cala boca e pula pula que ninguém ouviu. Assim todos embarcaram no aerolula e foram para Copenhague com promessas astronômicas de reduzir emissões até 2020 - 2025 - mas sem dizer como! E aqui, rolando a história do Código Florestal - deixada para depois das eleições.

Nisso tudo, e nos debates não entendo porque ninguém perguntou ainda para a Dilma: - o que é Desenvolvimento Sustentável? Se ela acredita e como irá promovê-lo?
Pelo menos para a gente registrar e cobrar depois.

Dizemos isso, pois com o fortalecimento da campanha eleitoral teremos no próximo pleito não a tanquilidade deste últimos oito anos.
Pois, uma coisa é a realidade - Lula fez sim um bom governo. Ao contrário do que apregoava a elite tradicional, rica e de bons modos - Lula: um cara sem estudo, operário e chucro - iria ser uma vegonha - mesmo porque, o presidente tem mesmo uma linguagem própria e volta e meia, sobretudo no incio do governo, soltava alguns exageros linguisticos. Mas, ao contrário, levou o Brasil a ser conhecido, tratou temas básicos com seriedade e não passou vergonha nenhuma (o mensalão é um capítulo de responsabilidade coletiva e o povo deve julgar e a justiça também). Com vergonha devem estar os antecedentes de Lula, que não foram capazes - com toda a titulação e bons modos - de fazer o elementar: mostrar o Brasil ao mundo e impulsionar a economia tradicional.

Outra verdade - Lula não inovou! O que fez mesmo foi aprimorar a receita histórica dos seus oponentes. Foi o mais 'paz e amor': para os empresários, banqueiros........ até para os ditadores.
Lula errou quando tinha nas mãos o seu próprio projeto - o da sua história! Tinha ao seu lado as maiores mentes pensantes, culturais, além do povo! E o seu governo em síntese não foi para o povo.
A Educação Brasileira sempre foi uma das piores do mundo .... e continua!
O Meio Ambiente agoniza e o Fundo Nacional do Meio Ambiente - com sua plataforma 'Faça Projeto' tem uma verba que parece uma piada para fomentar os projetos submetidos.

Mas Lula não foi uma vergonha isso não foi. Aprendeu a fazer conjecturas e a dar cargos para quem o apoiasse - aprendeu com o inimigo e foi contaminado.
Perdeu sim a chance de fazer a sua própria história. Talvez o poder lhe tenha subido. O que em si foi uma pena.

Outro ponto relevante na atual política é: - um país como o Brasil, plural de cores, raças, biodiversidade e, viver uma eleição plesbícitária! E a história dos partidos????? A resposta é simples: - se Lula não fez sua própria história, os partidos históricos fizeram a história de Lula. E o poder e o exagero narcísico estão levando Lula a continuar a história do passado, agora confundida com a história dos partidos submissos ao presente somado pelo PT, a um futuro ainda mais incerto, especialmente para a questão ambiental brasileira.

Um emprego vale tanto assim? Resposta:- vale!
As pessoas e as políticas estão distanciadas da técnica e da qualidade do produzido por cada um de nós.
Nisso, a boa escola faz muita falta!

Se pensamos que vamos ter um novo governo "paz e amor" - estamos enganados.
Desta vez, a casa de Brasília será marcada por alfinetadas e discordâncias. Se a rota não for alterada, seguramente Dilma com seu temperamento, Lula a não largar o poder e, Temer (O Michel) pelo PMDB - além do abocanhamento dos cargos - irá gerar no decorrer, uma agitação mais frequente que nos tempos de Lula e sua marolinha.

A não ser que haja uma reviravolta. O futuro ambiental é incerto! (pensar assim como esperança)


1.3. Para não sofrer muito quando o tema for o meio ambiente

A situação do Meio Ambiente é muito séria. Séria e complexa.
Mesmo o que desenvolveu a Senadora Marina Silva enquanto Ministra Ambiental, e, mesmo se fossem todos os comprometidos com o Meio Ambiente juntos no Brasil para o planalto - resolver a questão não seria totalmente possível e os avanços seriam lentos. Por isso a seriedade.

Enquanto isso e como a calamidade da censura ao humor foi parcialmente liberada:
- Veja como Dilma fala do meio ambiente - ela quer ter uma segurança mas... gagueja!
Recentemente no Mato Grosso ela disse no comício: - Eu acho sim que meio ambiente e agricultura estão juntos! (uma obs pessoal: quis chorar prantos, mas as lágrimas vieram junto com o riso - uma forma de suportar entende?)
De forma complementar, observe bem como a Ministra da Casa Civil, usa o verbo "Eu" em tudo o que fala - em meio ambiente o verbo é nós! Mesmo nas empresas mais engajadas o diretor ou chefe não usa o tempo todo "eu". "Eu", "Meu", "Minha".... nada pode ser tão absoluto assim em governos populares. Mas...

Este não é um texto político para a política - não mesmo. É um texto sobre o futuro das políticas ambientais - porque o passado já sabemos.

PS: há quem ainda não acredita em aquecimento global pelas vias científicas. Pergunte ao seu avô sobre chuvas e estações do ano. Se ele não te convencer ligue a TV e preste atenção. Se ainda assim não se convecer..... por favor não comemore esse calor delicioso. O verão começa em Dezembro. (Maio/Jun 2010)