instituto projetos ambientais, em revista

Cálculo de Cota de Inundação

Projeto aplicado à uma empresa de Engenharia - São Paulo
'Empresa de Renome e alta conceituação no mercado'

Problematização: A empresa de engenharia estava com o terreno preparado e em fase de início de obras para instalação de um condominío. Todavia ao lado de um rio, com migração de fluxo por áreas construídas e trechos sob 'invasão' ou seja ocupação irregular, com avanços sobre área de deflúvio indo às margens do manancial, o que já havia ocasionado - em jusante, ponto solicitado pela empresa de engenharia - fortes enchentes. O que a empresa queria como prestação de serviços: cálculo de uma cota de inundação - ou seja posso construir a partir daqui sem riscos e com relatório/parecer técnico a apreciação de órgãos ambientais e de legalização documental da obra/empreendimento condominial.

Fases da execucão do Projeto

Fase 1 - Proposta de trabalho/Provisão de gastos/Apresentação do pré-projeto a empresa
Nota: segue uma descrição base para quem vai iniciar assessorias - que foi discutida com profissionais e consultas a acervo bibliográfico sobre os procedimentos deste cálculo - naturalmente se devia saber as dimensões da calha do rio e provisionar a pior chuva - uso de métodos de transformação de chuva em vazão ou ideal de obtenção de dados fluviométricos deste manancial e trecho (o que foi conseguido mas já na execução do projeto).
Um síntese da proposta segue abaixo. O exercício final, memorial de cálculo e memorial descritivo podem ser fornecidos - faça contato.

1. Visita ao campo para identificação da área
 Projeção de gastos para técnico acompanhamento - valor hora trabalho
 3 Técnicos nível universitários;
 Fotos da área, e trabalho de junção de fotos - valor hora trabalho;
2. 2ª Visita a campo para levantamento de dados.
 Levantamento das dimensões manancial
i. Distância da guia a margem do rio Jundiaí, no trecho de frente da área de estudo;
ii. Cotas da guia da rua e margem do rio com GPS;
iii. Levantamento da dimensão da interferência a montante da área de estudo, cotas do trecho;
iv. Levantamento das dimensões da interferência a jusante do trecho de estudo;
v. Tempo do levantamento - dois técnicos de nível universitário e um técnico de recursos hídricos
3. Desenho do levantamento
 Digitalização do mapa 1:10.000, mais o trabalho da imagem no cad, juntando o levantamento com o desenho digitalizado
4. Levantamento de fotos aéreas existentes do local, antigas e atuais, horas de trabalho;
5. Elaboração dos cálculos, hidráulicas das vazões de entrada e saída; cálculo da vazão de cheia utilizando-se dois métodos I-PAI-WU e V. TE CHOW, horas de trabalho, 2 técnicos de nível universitário;
6. Elaboração do Relatório final, com as considerações de estudo e conclusão final. Horas de trabalho dois técnicos de nível universitário;
7. Impressão do trabalho, impressão das fotos (por foto, digital) xerox de fotos coloridas, etc,
 Considerar material e suprimentos de informática - aquisição mapas
 Km/rodado para as visitas e pesquisas.

Nota: Esta síntese foi produzida e tratada em computador, impressa em material de qualidade, apostilada, encaminhada com carta de apresentação sob protocolo para a empresa em questão. O resultado de aprovação do projeto foi rápido, sem cortes nos custos e a empresa tinha urgência da referida cota de inundação. Foi o projeto sobre enchentes que tenho no currículo. Montou-se uma equipe com integração de um doutor especialista neste tema, além de outro colega mestrando e técnico em recursos hídricos para apoio em campo.

Um comentário:

  1. No Estado de Minas Gerais algumas categorias de empreendimentos estão sujeitas, na obtenção da licença ambiental, a um Plano de Controle Ambiental e respectivo Relatório de Controle Ambiental.

    No ano de 2000 - desenvolvemos um projeto de PCA e RCA para um empreendimento de lazer. Especificamente um Clube Naútico.

    Cabe aqui uma descrição de etapas e todo rol de desenvolvimento para a produção dos documentos finais.

    Entretanto o escopo de comentários circunda outro prisma:
    - Todo estudo ambiental em seu termo de referência prevê a descrição do empreendimento. Aliás este é primeiro ponto para aceitar ou desenvolver um projeto ambiental. Em que local o empreendimento está mesmo localizado?
    Refletir esta pergunta em todos os detalhes é o ponto incial e fundamental para qualquer estudo ambiental. Daí naturalmente parte-se para a compreensão do ambiente circunvizinho.

    Os eixos de todo plano ou estudo ambiental também se sustentam em:
    - Meio Físico
    - Meio Biótico
    - Meio Sócio-Econômico e Cultural

    É preciso não empreender estes capítulos em faces desconexas; apartadas entre si. Ao contrário o maior desafio é integrá-las, à projeção de limitar se for o caso a alçada do empreendimento. Ou melhor substituir a palavra limitar por 'fazer criatividade ambiental'. Amparar pelo mais natural possível.

    Qualquer empreendimento demanda também a instalação de um projeto para tratamento de esgotos ou efluentes líquidos. Quando se há produção de.

    Neste caso de empreendimento, foi construído e além do projeto acompanhamos a obra: uma estação compacta - Fossa Séptica + Filtro Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Sumidouro. Tudo de acordo com Normas Técnicas específicas e preceitos técnicos.

    No início o empresário só se dispunha a fazer o Sumidouro, mas uma recomendação do órgão ambiental e algumas conversas - além da visão e bom senso deste empresário - que a estação compacta saiu completa.

    Assim, esses detalhes (ou seja grandes pontos) técnicos vão integrando uma proposta de estudo ambiental - assim como para o profissional ambiental não se deve tratar cada projeto como: "aprovou no órgão", então acabou, está pronto. Isso é uma postura profissional que defe ser revista, assim como um empresário deve escolher quem vai licenciar ou assinar seus projetos ambientais. Existem uma gama de profissionais no mercado e com novos cursos de graduação e pós-graduação na área ambiental - vem por aí gente muito boa e também vem picareta. Aos novos profissionais, estima-se estarem gestando um mercado mais solidário em prol do ambiente natural.

    Em qualquer estudo ambiental, todo profissional não deve esquecer um ponto muito atual e de cunho eliminatório, sob nosso ponto de vista - Todo estudo ambiental deve também contemplar referências ou mesmo ter sua base contextualizada na Bacia Hidrográfica que se localiza - ou trecho de Bacia Hidrográfica.

    A nova Lei de Águas - 9.433/1997 trata inúmeros pontos sobre o tema. Mesmo a Conama 237 coloca a Bacia Hidrográfica como unidade físico - territorial de gestão. Assim os empreendimentos e seus estudos devem se reportar a.

    Fazer um bom e sério estudo ambiental não é tarefa fácil - sobretudo quando envolve a realização de audiência pública e a participação direta de agentes políticos.

    A (des) apropriação do espaço para o desenvolvimento é tema preferido de empresários e políticos. Que mesmo em lados opostos se abraçam e se beijam por uma parceria rentável.

    A dimensão técnica vem 'mesmo teoricamente' iniciar uma proposta de menor uso da legislação ambiental punitiva.

    Para isso ver e ler sobre clássicos em Gestão Ambiental e seu conceito:
    - Planejamento Ambiental
    - Gerenciamento Ambiental
    - Políticas Ambientais

    Essas três vertentes devem integrar estudos ambientais.
    Não pensar no processo ambiental como puramente burocrático e papéis para etoque, mas em algo exequível, que exigirá uma manutenção por parte do profissional 'pós licenciamento'. Essas posturas é que se pensa vir da classe ou aproximar-se delas.

    ResponderExcluir