instituto projetos ambientais, em revista

Jornalismo Científico e Ambiental - novas formas de comunicação, em texto e entrevista


Por um novo Jornalismo - Como a informação ambiental está chegando às novas gerações.




Esta postagem se iniciou com observações diante do crescimento de pautas jornalísticas no nosso tema a partir da Reunião do Clima em Copenhague, e logo depois se reforçou com o filme "O amor segundo B. Schianberg" - cinema brasileiro crítico à imitação da realidade em programas de TV, com reflexão sobre o amor na atualidade e centro da existência, mesmo ponderando nuances do ego e da psicologia ambiental (que já nos pusemos a discutir aqui). Do filme não foi difícil chegar à leitura do livro "Eu receberia as piores notícias do seus lindos lábios" e daí para o Blog de Ana Paula, uma paulistana estudante de jornalismo que enriquece o texto aceitando nossa entrevista.

Jornalismo Ambiental - uma nova cara dentro das ciências humanas e sociais. A vertente ambiental tem sido notícia. Não é o objetivo da notícia só divulgar o negativo no prisma dos recursos naturais, não não é isso. Mas também é fato que as coisas no meio ambiente sempre estão se defendendo, a natureza é assim. São meses do maior vazamento de petróleo no Golfo do México, ainda não resolvido. O período de atenções para o esporte levou a passar em brancas nuvens a aprovação do relatório sobre as mudanças no Código Florestal no Brasil - também um desastre. Isto podendo comprometer não somente recuperação de áreas florestais perdidas, mas perdas de matas "de pé" que significam valores da ordem de milhões de hectares.

Um Jornalismo vocacionado ao meio ambiente, suas medidas e intrepretações, posicionamentos sérios e abordagens contínuas se fazem emergentes nos conceitos da comunicação social.

Ao que pesquisamos este jornalismo (ambiental) já despontou como uma linha de pesquisa intrínseca na área das novas ciências, mídias, tecnologias de informação, designers, publicidades e gestão de empresas. E de certa forma, como nas postagens anteriores, existe uma tendência em grupos de jornalistas a se aproximarem ou adotarem a linguagem científica nas suas formas de trabalho. Essa liguagem é inerente aos projetos ambientais de monitoramento e tomadas de decisão, seja envolvendo a economia, a cultura, a política, mas postergada à necessidade de qualidade de vida das populações.

Pesquisa e ciência são abordagens que procuramos discutir para projetos ambientais, estão intricadas no processo. E, como pensam os pesquisadores em suas linhas de trabalho. Pois, oportunamente, suscitamos ao tema do Jornalismo, já que nos posts anteriores nos valemos especialmente do pensamento científico.

Alguns pontos da ciência ambiental são de difícil acesso, como os bancos de dados e resultados oficiais - por exemplo da devatação da Amazônia (que mais recentemente se tornam públicos), ou de contaminações de solos, águas superficiais e subterrâneas, e mesmo dados climáticos com previsões de enchentes, além de emissões atmosféricas ou sistemas de infra-estrutura ao saneamento ambiental. Não é difícil só o acesso a esses dados, mas mesmo a suas produções, como são obtidos, as metodologias científicas ambientais, as valorações, os estudos de impactos ambientais e suas validações no campo. Ou seja, é todo um processo necessário à credibilidade dos dados e por outro lado como ter acesso aos mesmos, a posteriori difusão.
Ao que tudo parece e em favor de novos projetos ambientais, a situação está se tornando uma curiosidade dos jornalistas, assim como matérias públicas com mais respeito à Sustentabilidade do Desenvolvimento.
Ou mesmo, aumentando o interesse dos pesquisadores em tornar lúcida a compreensão de suas respostas obtidas em pesquisas.

Em tempos de projetos de mudanças radicais no Código Florestal Brasileiro, nunca foi tão recorrente o Jornalismo e sua nuance ambiental. Gostaríamos de usar a linguagem da ciência para explicar tais propostas de alterações e elevação desconexa nas áreas de desflorestamentos. Ainda não encontramos justificativas científicas para tal inconsequente fundamentando o discurso político.
A não ser a distância absurda, entre a referida política e a ciência, para as decisões ambientais.
Possa ser o Jornalismo Contemporâneo uma nova linguagem de comunicação a toda a população brasileira, ao disparate do projeto de validar crimes ambientais - na forma de Lei.

Tão claro foi também a inconsistência de leilão para nova usina hidrelétrica, episódio recente, não apenas na questão ambiental e social no Norte do país, mas ainda mais sério, na própria proposta econômica da produção dos "watts" de energia. Nada claro e convincente. Empresas desistindo da participação e um leilão a toque de caixa em minutos do horário de almoço. Assim se pretende impor Belo Monte. Nem o papel de ativistas mundiais com pedidos de clemência foram suficientes à soberania do "eu" político e econômico. Eu mando! sobre as ponderações técnicas e tecnológicas. Resta que a informação não pode parar, nem as responsabilidades sobre as decisões.

Quando se fala em Meio Ambiente e Sustentabilidade, falamos de coisas complexas e conjuntas, falamos do futuro das populações. Ou seja, usar os recursos naturais de formas a garantir suas disponiblidades para satisfazer em quantidade e qualidade às necessidades das gerações futuras. Que no futuro se tenha água, biodiversidade com a mesma dimensão que temos na atualidade. Não queremos que o Meio Ambiente seja uma verdade construída, mas percebida, aceita, respeitada como assim a natureza nos supre, nos satisfaz. Sem natureza, sem água, ou mesmo com restrições já se torna um grave problema. Pensando ainda que a população deverá atingir os 12 bilhões ou mais que isso nas próximas décadas.

Alguns autores chamam a Eco 92 de Farsa Ecológica, é isso pois parece estar se tornando uma grande verdade; os desenvolvimento locais, as agendas 21 locais não se consolidam, não se apresentam, enquanto o tempo passa e os velhos interesses de retirar mais do que o tempo de retorno natural é capaz de se recompor se faz evidente.

A moda agora é criar cursos, escolas de Meio Ambiente. Moda mesmo, pois em realidade muitos deles surgem sem conexão com projetos sólidos e locais, ao entorno de suas proponentes.
Sobre a juventude e novas gerações, se propõe um dialógo pertinente, oportuno para a transição tecnológica do real ao virtual. E da era das informações!

Por isso fizemos uma oportuna entrevista com uma estudante de Jornalismo. Uma jovem que expressa, de forma livre, o que podemos ter nos pensamentos das novas gerações.

O fato é que todos os projetos ambientais devem prever a comunicação não apenas com a comunidade de interesse, local, onde o projeto será implementado, mas também de contexto mais amplo. Os projetos precisam ser mostrados, explicados para a sociedade. Quando não surgem pensamos que estão limitados ou o que é mais sério: - nem pensamos.

- Para ampliar a leitura (virtual):
Sugerimos um artigo de Vânia Mattozo; Cornélio Celso de Brasil Camargo e; Nilson Lemos Lage que tem o título "Jornalismo científico aplicado à área de energia no contexto do desenvolvimento sustentável" (só clicar para acessar o texto) - O artigo trata de uma pesquisa aplicada de jornalismo científico on-line que fundamenta a questão energética contemplada no contexto do desenvolvimento sustentável. A pesquisa, desenvolvida em nível de mestrado, originou uma mídia digital on-line com informações científicas e tecnológicas que permitem visualizar não somente o âmbito técnico, mas também a efetiva relação interdisciplinar do tema com outras áreas de conhecimento, o que constitui um fato de particular importância no contexto de abordagem do desenvolvimento sustentável. Uma leitura simples para início de pesquisas.

Outra página de grande importância é do pessoal do Sul chamada EcoAgência Notícias Ambientais.
E também o Portal do Jornalismo Científico - com diversos outros contatos, matérias, artigos. Vale a pena.

E N T R E V I S T A                                                                            

O blog 'projetos ambientais' em suas caminhadas encontrou Ana Paula, autora do Sado Jornalismo, blog sujeito aos esboços de uma jornalista, que se auto intitula "Jornalista bipolar e escritora frustrada. Não necessariamente nessa mesma ordem.", assim chegamos ao contato e fomos respondidos por Aninha, ou Ana Paula Viana Silva.

Traduzir ideias ambientais e sugestionar planos de projetos não é tarefa das mais fáceis. Por isto, o que pensa a jovem Ana pode interessar aos nossos leitores, como 'adendo' ao Jornalismo Ambiental.

Projetos Ambientais: Que bacana que respondeu nosso email - Olá Ana, chegamos ao SadoJornalismo - quem é esse blog? Como iniciou sua carreira de jornalista e como não a concluiu?

Ana Paula: Que bacana que vocês entraram em contato! Bom, para os leitores do Projetos Ambientais que ainda não me conhecem, eu sou mais conhecida como Ana P. Mais conhecida também é forma de dizer, né? Mas enfim. O Sadojornalismo surgiu de um projeto pessoal, algo que eu já sonhava em fazer quando entrei na faculdade. Um blog que acompanhasse a minha evolução como jornalista, e onde eu pudesse evoluir um pouco como escritora. Então eu dei a ideia pra uma amiga (Sirlene), que divide a autoria do Sado comigo. De lá eu fiz também algumas participações em outro blog, sempre tentando colocar o ponto de vista de uma estudante de jornalismo sobre esse mundo todo novo da comunicação. Estou hoje no 3º ano de jornalismo, sim, com MUITAS dúvidas ainda! Muitas mesmo, vocês não fazem ideia, ainda sob o efeito da decisão do STF de suspender a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão e tudo mais. E outros desencantos que vão permeando o caminho, né? Mas... eu ainda insisto na carreira. E acredito que posso me dar bem com isso!

Projetos Ambientais: O que você entende por "projeto ambiental" - como você imagina um projeto aplicado ao meio ambiente? Você conhece algum ou sobre que tema ambiental se interessa mais?

Ana Paula: Ouvindo a expressão solta, assim, "projetos ambientais", eu logo penso em ideias e discussões para melhorar a convivência homem x meio ambiente. Quer dizer, é de se supor que nós vivemos no meio ambiente e o respeitamos. Mas não é bem assim, né? Nós exploramos, não convivemos. Então é isso que eu entendo por "projetos ambientais". Algo que preserve o homem e o ambiente, sem sobrepor um ou outro. Eu imagino que qualquer projeto aplicado ao meio ambiente tem que contar com a participação da sociedade, e aí acho a participação da mídia ESSENCIAL. Porque é através dos meios de comunicação que a sociedade participa. Por estar sempre lendo jornais, revistas e diversos blogs e websites, eu até conheço alguns temas ambientais, mas tudo muito superficialmente, nada aprofundado. O que eu me interesso mais [que aliás, perdoe a ignorância, mas não sei se trata-se de um tema ambiental como os tratados no blog] é como o tema "sustentabilidade" é tratado dentro de grandes empresas; aliás, sustentabilidade tratado no geral.
Vale dar um exemplo? Então vou tomar a liberdade e vou dar um exemplo: atualmente eu trabalho em uma instituição financeira. Todos que já foram ao banco um dia sabem a quantidade de papéis que são usados, para abrir conta, para assinar um contrato de empréstimo, para pagar contas, para enfim, uma infinidade de serviços que usamos diariamente e que muitas vezes não nos damos conta, o tamanho do DESPERDÍCIO de papel que existe ali. Então eu me interesso sim, por quais ações esse tipo de empresa adota para compensar esse desperdício todo. E não só de papel, como eu disse, isso é só um exemplo.

Projetos Ambientais: Qual sua relação de estudo com a Rede, digo Internet, e por esse prisma nos fale qual sua visão sobre o Jornalismo, como sente a comunicação e o caminho para informações mais limpas e então chegando ao nosso tema - o Jornalismo Ambiental.

Ana Paula: Para Jornalismo, informação é tudo. Onde você busca informação hoje em dia? Só jornal, só revista, só televisão ou só rádio, ou tudo isso junto, não basta. A Internet É SIM uma revolução no conhecimento, na informação, na vida. Claro, você não pode fazer da internet sua única fonte de informação, por isso é sempre bom buscar informação em todos os lugares possíveis. Se você vai fazer uma pesquisa de trabalho, por exemplo, você pode contar com a internet, mas também pode contar com livros e mais, com pessoas que passaram por experiências que tenham relação com aquilo.
Eu acredito [e talvez alguém me prove o contrário] que a informação na internet é mais complicada. Não que as fontes não sejam confiáveis por serem virtuais, mas é MUITA informação. É muita coisa que você encontra por aqui, e muita coisa que se contradiz. Pro jornalismo, tem o problema da apuração, né? Então de repente você divulga uma coisa pela web e esquece de apurar e acaba mais tarde descobrindo que não era bem aquilo que você publicou.
Na internet você encontra, blogs e sites que tratem de jornalismo ambiental. Mas a divulgação não é grande, ou pelo menos não encontramos esse tipo de página com facilidade. Geralmente por indicação, ou quando algum dos temas está sendo tratado pela grande mídia. E é algo passageiro também, as pessoas vão lá, acessam a informação, lêm a respeito, comentam e passa. Não é algo que está sempre em pauta.

Projetos Ambientais: Assim, hoje, o Jornalismo Ambiental é uma realidade ou uma virtualidade? Pode nos explicar seu ponto de vista, como jovem e habitante de uma das maiores metrópoles do mundo (São Paulo).

Ana Paula: No meu ponto de vista? Tem tudo pra virar realidade. Meio ambiente é a pauta da vez, ou assim deveria ser, visto que atualmente sofremos as consequências de séculos de convivência irresponsável com a natureza. A imprensa tem o dever de colocar o jornalismo ambiental como assunto principal, ainda nos dias de hoje em que vemos tantas tragédias naturais acontecendo. Quer dizer, porque não relacionar isso ao jornalismo ambiental? Por que não demonstrar, aproveitando o ensejo, o quanto a ação humana interfere no ambiente? O que podemos fazer para não interferir mais tanto?
São Paulo é uma cidade cinza. Eu moro na região da cidade que tem a menor área verde, a zona leste, e isso sendo em São Paulo quer dizer muito pouco mesmo. Com as chuvas de dezembro e janeiro, por exemplo, a zona leste foi a que mais sofreu com alagamentos que duraram semanas, porque a água não tinha por onde escoar. E como pode o jornalismo ambiental estar tão em falta com essa região? Mas acho que isso é um problema da cidade toda. Não se restringe à zona leste.

Projetos Ambientais: Na sua vivência com a Internet e ferramentas tecnológicas, como percebe o pensamento dos jovens de grandes cidades (paulistanos) sobre Meio Ambiente. Não há uma substituição do tempo de contato com a natureza pelo mundo virtual - ou mesmo não pensa serem interessante os espaços ambientais da capital paulista?

Ana Paula: Os poucos espaços naturais que têm em São Paulo são sim, muito interessantes. O problema maior é o acesso (alguns dos parques são muito longe pra quem mora na periferia), ou a segurança (o Parque do Carmo, maior aqui da Zona Leste, só é frequentável a determinada hora do dia. E em alguns espaços é melhor não andar sozinho). Agora, quanto a substituir o contato com a natureza pelo mundo virtual, eu acho que TUDO tem sido substituído pelo mundo virtual. As pessoas namoram pela internet, pedem comida pela internet, fazem amigos pela internet, estudam pela internet, tudo é virtual. Criam fazendas virtuais, olha só! Tudo está sendo virtualizado, e isso pode atrapalhar um pouco a conscientização. Ou não, né? Porque você vê que as redes sociais estão mostrando um poder. Quando usadas corretamente, elas podem servir como elemento de conscientização da sociedade. Mas não só isso. Tem que inspirar as pessoas a saírem da frente do computador, sair da frente da televisão, e olhar o mundo ao seu redor. A cidade cinza, por exemplo, precisa começar a preservar seus poucos espaços verdes antes que nada mais sobre.

Projetos Ambientais:Recentemente que notícia ambiental achou uma referência na Internet?Pode ser mais de uma, quantas se lembrar.

Ana Paula: Não sei se encaixa em notícia ambiental. Mas um lance que eu vi que achei muito chato, mas que a reação de uma das empresas diretamente envolvidas foi bacana. Foram divulgadas algumas fotos tiradas de uma praia em Salvador, logo depois do carnaval. Milhares de latinhas de cerveja que foram jogadas no mar, como se fosse um grande lixão. Então alguns mergulhadores tiraram fotos e divulgaram essas cenas. Eles também se empenharam em retirar as latas de dentro da água, já que nenhum meio de comunicação se interessou pela história. As fotos caíram na rede, divulgadas em emails e alguns blogs independentes, e a repercussão foi tão grande que a 'marca da cerveja' resolveu fazer uma campanha de conscientização nessa mesma praia.

Campanha? Marketing, seja como for. Mas a empresa aproveitou o ensejo ambiental pra divulgar o seu produto. É algo que é possível fazer. No jornalismo e na publicidade, o meio ambiente deve ser o foco.

Projetos Ambientais: Como jovem, geração anos 90 imaginamos, se tivesse de criar um projeto em Jornalismo e Meio Ambiente, por onde começaria? O SadoJoranalismo (blog) é o seu projeto ou quer algo de mais alcance ainda, entende? Diga para nós como é seu projeto ambiental e etapas para sua realização.

Ana Paula: Geração 1984, na verdade, hahahahahahaha! Mas enfim... nunca pensei em um projeto para jornalismo ambiental, mas se eu tivesse que pensar algo nesse sentido, eu iria pesquisar. O que já é feito nessa área, o que poderia ser feito a mais, qual mídia é mais recomendável, qual a linguagem que deve ser utilizada, o público-alvo da mensagem, tudo isso teria que ser pesquisado. A internet é muito boa, mas acho que se eu fosse fazer algo pra essa área, eu pensaria em algo off-line, com um suporte de redes sociais.

O SadoJornalismo é um projeto muito simples mesmo, acho que ele tem tomado uma linha mais cultural, mas a ideia é de divulgar o jornalismo mesmo, dar dicas a quem pretende cursar nessa área, ou mesmo mostrar quais são as dificuldades e as alegrias (sim, porque pode existir alegria no jornalismo!).

Projetos Ambientais: Para terminar, o que você pensa sobre como os políticos tratam o tema meio ambiente? Você acredita em Desenvolvimento Sustentável?

Ah! e deixa uma mensagem para os jovens da sua idade sobre meio ambiente. Valeu sua atenção e assim esperamos expressar pela página sobre seu pensamento ambiental como jovem moradora de São Paulo e sucesso para o seu Blog.

Ana Paula: Os grandes partidos ainda precisam aprender como lidar com o tema meio ambiente. Claro, quando você pensa em política e meio ambiente, você logo lembra de partidos "eco" ou de políticos como Marina Silva (Senadora e ex-ministra do Meio Ambiente do Brasil). Sem fazer campanha eleitoral, até mesmo porque eu ainda acho o discurso verde um pouco utópico. Mas acredito sim em desenvolvimento sustentável, só que a sociedade no geral tem que querer. E tem que colaborar. Essa coisa de jogar lixo na rua, olha, tinha que parar em definitivo. Educação ambiental começa em casa. E de pequeno.

Uma mensagem pra galera da minha idade? Eu acho estranho, pareceria que eu sou um exemplo, mas olha, eu mesma ainda tenho muito o que aprender sobre ambiente, preservação e todos os afins. Só que eu acho que aprendendo juntos seria bem mais fácil. Então minha mensagem seria pra galera ter a cabeça aberta. O mundo é finito, mas isso não quer dizer que tenha que ser justo a nossa geração a responsável por acabar de vez com ele!

Quem é Ana Paula =
Meu nome completo é Ana Paula Viana da Silva, 26 anos, moradora da Zona Leste de São Paulo.
Autora (1 dos) do Blog Sado Jornalismo.
Estudante de jornalismo, de São Paulo, em entrevista por e-mail.

Um comentário:

  1. finalmente, eu li! Eu acho que nos acostumamos a só nos preocupar com o leite quando ele derrama, e enquanto ele tá ali no pote dele, quietinho, sem incomodar ninguém, pra que se preocupar? É mais ou menos dessa forma que a sociedade lida com os problemas ambientais. Como no caso do acidente com petróleo no Golfo do México, o que muita gente pensa é "pra que devo me preocupar se é lááááá longe e não aqui?"

    E é aí que o jornalismo ambiental deveria se tornar mais forte, pois devemos, na função de comunicólogos, mostrar à sociedade que sim, um acidente ambiental lááááá longe deve nos preocupar aqui, porque o meio ambiente não respeita limites geográficos. Se a lampada do quarto queimar e nós estivermos na sala, então a gente não liga? Não é assim que funciona com a nossa casa, não é assim que deve funcionar com o nosso planeta.

    Vou tentar encaminhar algumas pesquisas com relação ao tema, e assim que eu tiver qualquer coisa que possa contribuir com o blog aqui, eu passo pra você. Abraços!

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