instituto projetos ambientais, em revista

O que ficou da Rio +20....

   
Imagens de STM da molécula de água antes (a) e após (b) dissociação em Ah, e antes (c) e depois (d) dissociação em Oxigênio. 
Fonte: RIKEN Instituto Avançado (2010). Page Top

  Muito se ensaiou para esta Conferência da Organização das Nações Unidas - ONU sobre Desenvolvimento Sustentável ou se preferir Sustentabilidade do Desenvolvimento.
     Todavia vale lembrar um pouquinho da história ambiental - na década de 50 o modelo de desenvolvimento industrial com fábricas rodeadas de vilas de trabalhadores, e o modelo estatal americano fortemente alicerçado no capital e lucro.
     Não resta dúvida que a era que se consolidou pós Revolução Industrial trouxe um modelo de desenvolvimento pelo desenvolvimento capital, e isto implicou diretamente na saúde ambiental e humana.
    O Clube de Roma em 1968 implicou numa forte pressão sobre os países industrializados e sem legislação ambiental - criou-se o NEPA e legislações ambientais espalharam-se pelo mundo. Surge o EIA/RIMA e suas perspectivas como instrumento de planejamento e gerenciamento do meio ambiente.
     Em 1992 a Eco-92 ou Rio-92 e a proposição da Agenda 21 - que acabou muito mais no papel que na prática.
     Aliás parece mesmo isso, os países desenvolvidos ou também chamados de países ricos, desde o Clube de Roma e mais recentemente em 1983/1987 com a publicação do termo Desenvolvimento Sustentável, estão se esquivando com base na premissa de que se não queremos mudar o modelo de desenvolvimento, então mudamos o discurso, isso mesmo o discurso- vamos adotar um termo genérico e lindo - que tal disseminar o Desenvolvimento Sustentável. Mas e a realidade, e as respostas ambientais, e os resultados analíticos de água. solo, clima, ar? E o crescimento populacional e o desarranjo das cidades? E as florestas?
      Sem dúvida o limite do discurso parece ter fim.
      E a Rio +20, o que ficou?

      De forma pessoal, preferi não criar expectativa nenhuma, talvez por isso mesmo, venho escrever que alguma coisas boa ficou. Gostei muito do movimento das prefeituras que se organizaram de forma paralela - visto que já defendo o fortalecimento do poder local organizado há algum tempo.
      Também a oportunidade de falar, discutir o tema ambiental - as massas nem sabem bem o que é isso. Estar em voga na mídia não deixa de ser um começo, tudo bem recomeço, mas já era tempo não acha?
     E muitas experiências foram mostradas, protestos, manifestos diversos e tribos ecléticas. Deveras escoaremos pelo ralo político, mas esse ralo em algum momento será cada vez mais pressionado pela opinião popular e técnica, científica - por isso a consciência ambiental é uma meta, um objetivo que precisa perseverar.
     Ficou um documento tímido, mas o Brasil com sua pouca expressão cultural em meio ambiente - perto da proposta desastrosa recente de mudanças no Código Florestal - e com uma vasta natureza peculiar - e sua gente lutando por emprego e oportunidades - fez até demais depois de assumir a liderança pela finalização do documento. Acho mesmo que fez além de suas forças ambientais. Você pode até dizer que é uma utopia, mas além de muito trabalho, a questão ambiental merece ao menos uma gota de esperança e sonho, ou você  não acredita nos seus filhos e descendentes?


      Então tá na hora, faça por eles - isso é Desenvolvimento Sustentável.Sonhe mas faça!

Resultado da enquete 'Recursos Hídricos'


O resultado da última enquete - sobre recursos hídricos - ficou assim, de um total de 8 votos:

a) plano nacional, outorga de direito de uso, cobrança pelo uso da água, enquadramento dos corpos d'água,
sistema de informações e compensação a municípios (25%) 2 votos
  
b) plano nacional, outorga de direito de uso, cobrança pelo uso da água, classificação das bacias hidrográficas,
sistemas de informações, e compensação a municípios (25%) 2 votos
  
c) plano de bacia hidrográfica, outorga de direito de uso, cobrança pelo uso da água,
mapeamento dos rios brasileiros, sistemas de informações e compensação aos Estados (12%) 1 voto

d) plano nacional, outorga de direito de uso, cobrança pelo uso da água, enquadramento dos corpos d'água,
sistemas de informações e compensação aos Estados (0%)

e) plano de bacia hidrográfica, outorga de direito de uso, cobrança pelo uso da água, sistemas de informações e
princípio usuário-pagador e poluidor-pagador (37%) 3votos

Acertou quem optou pela letra A - de acordo com a Política Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, os mecanismos para execução da Lei 9.433 / 1997 são : o plano, outorga, cobrança, enquadramento dos corpos d´água, sistema de informações e como consequência a compensação a municípios.

Vale esclarecer que a temática Recursos Hídricos assumiu "vida própria" dentro do grande tema ambiental, ou seja, tem leis próprias, princípios, instrumentos de controle, tornando-se pela Hidrologia e Hidrogeologia - ciências particulares, específicas e com conceitos e fundamentos bem delineados, assim como campo científico e, sem dúvida, torna-se um dos maiores desafios - garantir água em quantidade e qualidade suficientes para abastecer as gerações futuras.