instituto projetos ambientais, em revista

Cinema Ambiental - estreia prevista para este ano de "Lixo Extraordinário"

O artista plástico Vik Muniz, de forma inusitada recria o lixo, pela expressão de catadores do Jardim Gramacho no Rio. Com a ideia de gerar recursos para a comunidade, onde tudo vai para o lixo, até as pessoas se personificam no lixo. O resultado originou um filme, co-dirigido por João Jardim, Karen Harley e Lucy Walker, que foi eleito pelo público o Melhor Documentário na Mostra Panorama do último Festival Internacional de Berlim. O filme tem estreia prevista para Dezembro, ao público brasileiro - com o título ( Waste Land )"LIXO EXTRAORDINÁRIO".


A odisséia do consumo - o quão difícil é consumir bem, e, a sustentabilidade como conceito emergente nas relações de compra

"Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho". (Clarice Lispector)

Sustentabilidade é a palavra e o desafio do século XXI. Perdão, palavra não, conceito, uma forma de viver, um velho novo paradigma. Sustentabilidade é um conceito, um modelo ou mesmo algum saber interior mais natural em si, quanto à forma de existência dos seres humanos. Daqui para frente, governos, empresas e cidadãos terão que se dedicar a pensar em estratégias sustentáveis, que irão englobar além do aspecto ambiental, também questões sociais, econômicas, políticas e culturais.
Consumir é bom, nascemos nessa cultura de consumo ou nos integramos a ela de alguma forma, por falta de oportunidade de outros modelos de existência ou, pelos efeitos da globalização e da tecnologia, das cadeias resultantes de uma forma de vida atrelada ao ato de consumir - como satisfação básica e mesmo status de poder. O consumo é necessário, alimenta empregos, novos empresários, serviços, enfim, é intrínseco a existência da maioria das pessoas.

O objetivo dessa matéria e relacionar algumas características visando melhorar relações em projetos com o meio ambiente, como para seus propositores e mesmo às pessoas como indíviduos - consumir e existir com menos agressão aos recursos naturais, já que os estoques se mostram limitados e outras pessoas também deverão usá-los no futuro.

Partimos de uma leitura de um livro espanhol "La Tierra, nuestro hogar - Guía de Consumo Sostenible" de Maria Antonia Garcìa, FUHEM, 2006. A primeira foto da postagem também é da Espanha, cliclada no mesmo ano, em Barcelona.

Segundo a autora um Consumo Sustentável é.......................
meios pelos quais cidadãos podem promover o Consumo Sustentável, viver a sustentabilidade:

- Desfrutar da natureza de forma respeitosa e cuidar de animais e plantas;
- Economizar água e energia em seu cotidiano;
- Para trajetos curtos utilizar o transporte público, a bicicleta ou ir caminhando;
- Promover em seu trabalho iniciativas para a reciclagem de papel, toner, aparatos de informática e economia de água e energia;
- Prestar atenção as etiquetas ao comprar produtos produtos - preferir aqueles com certificação ecológica, certificação de eficiência energética e de comércio justo;
- Evitar comprar produtos muito elaborados; preferir os naturais e os produzidos localmente. Inclusive em sua dieta - usar alimentos procedentes da agricultura ecológica certificada;
- Por em prática a o conceito: reduzir, reciclar e reutilizar.

O consumo em si não é tido como mal. Disso depende o crescimento econômicos dos países. O que converte o consumo em insustentável é o modo com que se o promove, diz a autora do Guìa Espanhol referência nesta matéria.

Na verdade, o ideal é se avançar nas formas de auto-produção. Isso é o mais importante para condições tropicais como a nossa. Auto-produção mesmo. Consumir o que se consegue produzir, e produzir o que se vai consumir. Como exemplo de ter o quintal e plantar verduras, ou obtê-las no mais próximo e natural de onde se habita;  desenvolver tarefas para você o quanto mais for possível, ou não adotar um modelo em que se dependa sempre de outros para servir aos seu desejos. Na verdade, isso é o mais fácil, não necessariamente o mais ecológico.

O Consumo Sustentável exige pautas de consumo mais racionais e responsáveis, a adoção de uma gestão econômica eficiente e sustentável dos recursos naturais e dos modos de produção e consumo e uma reformulação do que se entende em geral por qualidade de vida. Não é algo totalmente novo. Povos mais remotos e mesmo socialistas utópicos já falaram de consumos sustentáveis. É prioritário, portanto, desenvolver estes valores e adaptá-los a novas condições, com a criação de um novo estilo de vida, uma nova cultura para um modelo de desenvolvimento diferente, melhor, mais agradável e com maior projeção do futuro.

O consumidor pode ser um potencial agente de mudança no paradigma de consumo. Mediante o ato da compra ou das relações de trabalho e serviços, pode influenciar na modificação das condutas de empresas "divulgando" os produtos que oferecem garantias de respeito a normas sociais e ambientais, ou, "rejeitando" os produtos que não as cumprem. Também podem adotar hábitos de economia, reciclagem e um estilo de vida mais saudável e respeitoso com o meio ambiente.

O termo Consumo Sustentável tem sua origem no conceito de Desenvolvimento Sustentável e faz referência ao uso dos bens e serviços que responda as necessidades básicas e proporcione uma melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo que minimize o uso de recursos naturais, materiais tóxicos e emissões de desperdícios e contaminantes no ciclo de vida dos produtos, de tal maneira que não se coloque em risco as necessidades de futuras gerações (Ministério de Meio Ambiente da Noruega, 1994 apud García, 2006).

"Somente uma quarta parte dos habitantes do planeta - em torno de 1.700 milhões de pessoas, formam parate da chamada sociedade de consumo. Embora o nível aquisitivo e de riqueza tenha variações de um lugar para outro, por regra geral, as marcas de identidade de um membro da classe consumidora é ser usuário de carro, televisor e telefone móvel. Pelo outro lado da moeda, compõem 2.800 milhões de pessoas que carecem dos ingressos minímos para satisfazer suas necessidades básicas (Banco Mundial apud García, 2006). Mais da metade da classe consumidora mundial se reparte entre Estados Unidos, Europa e Japão, e o resto em países em via de desenvolvimento. A febre consumista está crescendo com força sobre toda a China e Índia, onde se está emergindo uma nova burguesia rica que imita os costumes consumistas ocidentais, que são percebidos como sinônimo de bem estar, progresso e um status social de privilégio. Como consequencia, aumentam progressivamente a pressão sobre os recursos naturais e energéticos e os problemas de contaminação e deterioração ambiental. Por exemplo, em 2002 havia 10 milhões de carros na China. Ao ritmo de crescimento atual esta sifra aumentará a 150 milhões de carros até 2015, com graves consequencias a respeito do esgotamento das reservas de petróleo e aquecimento global do planeta."

"A mudança para um modelo de produção e consumo sustentável se enfrenta em primeiro lugar com um dilemna ético. Moralmente os países mais industrializados não podem por limites ao crescimento dos países em desenvolvimento enquanto não estão dispostos a revisar, em primeiro lugar, seu próprio modelo insustentável de produção e consumo. Ao mesmo tempo, devem potenciar o crescimento sustentável dos países em desenvolvimento por meio de investimentos, transferência de tecnologia e educação e formação. De outro modo, os avanços que alcançam os países ricos se verão anulados pelo forte crescimento do consumo nos países em desenvolvimento."

García (2006) ainda confronta: "Esse tipo de consumo confunde as pessoas com as coisas, diante de si mesmo e frente aos demais. 'Tanto compras, tanto mais poderoso', parece ser o lema. A publicidade e determinadas práticas econômicas como a engenhosa facilidade de cartões de créditos, fomentam a esse consumo exacerbado." "Não somos os senhores da natureza, senão seus hóspedes, e temos que desenvolver um novo paradigma para o desenvolvimento.... comprometido com os limites da própria natureza, não com os limites da tecnologia e do consumismo (Mikhail S. Gorbachev apud García, 2006)."
Neste ano de 2010, um incremento altamente popular e dotado de uma linguaguem Universal dá o tom - o futebol. Mais uma copa do mundo de futebol: hora de trocar a televisão - plana, enorme, só para ver a copa da África. Melhor seria para ver a África e suas competições de existência, onde consumir pode ser tornar uma culpa para os mais observadores. Nesta linguagem, a última foto da postagem remete ao universo brasileiro - todos os dias folhetos e mais folhetos de propagandas na porta de casa, insistindo numa telivisão nova. É difícil resistir a este modelo de imposição até mesmo para os mais culturados. A massa está toda de televisão nova. Outros não, estão mesmo pensando numa moradia e não depender do sistema imobiliário. Aliás, uma das formas de consumo mais abusivas - "o consumo do solo exposto" - tornamos o solo exposto retirando sua vegetação e depois ele se torna moeda de troca nas relações de habitação e de fixar as pessoas, já que os nomâdes do passado viraram transeuntes. Numa pausa do futebol como consumo de massa, podemos sugerir alguns hemisférios de consumo sustentável:
- Incrementar a dieta com frutas, verduras e legumes locais;
- Incrementar a dieta com mais consumo de peixes e poupar o consum diário de carne vermelha;
- O automóvel diário para uma só pessoa e a logística de uso constante do veículo ser repensada;
- Valorizar produtos produzidos por você mesmo ou pelas pessoas do seu local;
- Desenvolver uma nova relação com a água, começando pelo hábito de toma-la várias vezes ao dia;

Adotar hábitos de consumo mais sustentável não significa diminuir a qualidade de vida, pelo contrário, aumenta nosso bem estar, melhora nossa saúde, contribui para um relação mais harmoniosa com o nosso entorno e com o planeta e gerações futuras.

Pontos práticos (García, 2006):
- Todos somos natureza;
- Pense no bem estar em termos de qualidade, não em quantidade de consumo;
- Mantenha-se informado (a) sobre os temas ambientais. E exiga informações quando necessário- a Administração está obrigada a proporcioná-la;
- O efeito de comportamentos podem garantir um desenvolvimento mais limpo;
- Se perceber uma má conduta ambiental não guarde isso só para você, existem leis e direitos;

A questão de um comércio justo - um reduzido número de corporações internacionais controlam grande parte do mercado mundial de produtos, bens, fontes de energia e propriedade intelectual sobre as formas de vida e conhecimento. Muitas delas adotam práticas comerciais depredadoras de recursos naturais e em condições de abuso dos direitos humanos contribuindo assim, de maneira decisiva para que o atual sistema de produção e consumo seja insustentável.

A mera liberação dos mercados não é suficiente para um novo modelo de desenvolvimento. O livre comérico deve ter como limite o respeito aos direitos humanos, aos direitos sociais dos trabalhadores e o respeito ao meio ambiente. A lacuna de desigualdade Norte-Sul requer assim, fomento às mudanças estruturais das economias dos países pobres, a necessária e tantas vezes postegarda transferência de tecnologia, e financiamento de educação e formação, o apoio à construção de estados fortes, indo ao cumprimento de normativas sociais e ambientais, tanto por parte do governo como de empresas e fomento a uma exigência de uso mais sustentável dos recursos do planeta.

Com o objetivo de promover relações comerciais mais justas e sustentáveis começou a se desenvolver a quatro décadas o chamado "comércio alternativo" ou "comércio justo".
O paradigma de desenvolvimento dominante segue sendo o do do crescimento quantitativo baseado em indicadores de crescimento de produção e consumo. Não é difícil de entender, para o caso de alunos universitários e professores então, elucidar estes pontos da economia de consumo.
O êxito econômico de um país sobretudo é medido com base em indicadores como o PIB - que não reflete custos sociais e ambientais do modelo de produção. Economia e meio ambiente não devem continuar sendo compartimentos enfrentados - o progresso de uma sociedade e uma maior qualidade de vida de seus cidadãos depende de se incorporar valores de Justiça Social, Econômica e Ambiental. Em definitivo, incorporar a dimensão ética do desenvolvimento no "discurso" de progresso.

As consequencias ambientais quase nunca se produzem no "aqui e agora", mas ao longo do tempo e do espaço, dificultanto a sua percepção. Por exemplo, quando se consome hamburgues ou lagostas de baixo preço ou se desperdiça papel, não se tem a percepção de instântanea de quantos milhões de hectares de florestas e maguezais estão sendo destruídos para se manter o ritmo atual de consumo destes produtos.

Entre os problemas mais importantes relacionados com o meio ambiente no mundo, para os espanhóis, estão a contaminação atmosférica (22.9%) e o efeito invernadero (estufa) (19%). No entanto, quantos estão dispostos a reduzir o uso de seus carros e usar o transporte público? Razões de comodidade estão além das boas intenções em contaminar menos. A preocupação por temas ambientais não se traduz sempre em resposta reais, como mudanças de hábitos, sobretudo quando isto implica nas "comodidades".

O Desenvolvimento Sustentável é um processo de mudanças dinâmico, que exige a adoção de medidas em um horizonte temporal a médio e longo prazo. Disto, devem estar conscientes os governos, e estar dispostos a começar a sacirficar um pouco dos seus interesses partidários mesmo que seus objetivos eleitorais sofram as pressões de curto prazo. Também a sociedade em seu conjunto deve estar disposta a adotar atitudes e comportamentos, mesmo que não gerem uma satifação imediata, mas romper a comodidade. Diante dos efeitos globais como mudanças climáticas parece que a responsabilidade é só de governos e empresas.  No entanto, o somatório de nossas ações individuais contribuem a criar e agravar os problemas ambientais. Mesmo, a postura da sociedade diante do cenário político e de consumo de produtos.

Assim, o discurso catastrofista também dificulta em muitos casos a sensibilização social. Alarmes apocalípticos, em muitas vezes provocam sensações que tudo o que fazemos será igual, promovendo  uma ética de carpe diem, ou então desembocam em um abandono da postura ambiental ou radicalização.

Os meios de comunicação tem importante papel a cumprir devido a enorme influência que exercem sobre a sociedade. Nos últimos tempos se pode observar como melhorou o tratamento e as precoupações ambientais, tanto em rigor como em amplitude, mas que ainda precisa evoluir ao sentido de empreas e governos nas suas respnsabilidades e atuações.

Outras formas de consumo bastante reponsáveis pelo modelo de adquirir coisas são os veículos de comunicação em massa. Consumimos todos os dias relações causais de morbidade na televisão aberta, sem escolha do que é o pensamento crítico. Mesmo os modelos televisivos estão cada vez mais formatados: compra-se um molde de fora e os atores interpretam um mecanismo sem questioná-lo, pela própria oportunidade de ganhar para consumir também. Esse é um ponto crucial - o que consumir na televisão, ante a imponderável descoberta do outro, dos outros, o que seria muito melhor ao vivo que pelas massas tecnológicas. O amor e o sexo são também nichos de consumo fortes. Na virtualidade da massa ou no específico do desamor. Consumir é uma escolha contínua, termina uma decisão e logo vem outra, o que mesmo quero comprar hoje?

No processo político - se vê na mídia recentemente as trocas de tomadas (jornal televisivo de ontem 16/03), inventaram um modelo novo com um único argumento para as famílias: é mais seguro. De outro lado, lembramos dos kits primeiros-socorros OBRIGATÓRIOS e que depois foram esquecidos - gerando naquele momento um consumo e uma especulação informal enorme. Culpa das políticas de trânsito e da falta de planejamento. Como o caso das tomadas, vivemos assim no Brasil a vida toda, meu avô morreu com quase cem anos usando as tomadas simples que temos (alíás viveu um tempo até mesmo sem tomada) - agora somos OBRIGADOS  a mudar todas as tomadas de casa - que na mídia variam por unidade em preços de R$ 11,00 a R$ 25,00. E em outros setores também, especialmente nos automóveis e assessórios de toda ordem, gerando situações de consumo estimuladas para segmentos específicos. Nesses casos, onde se permitiu a vida toda uma forma de consumo alterá-la no sentido da "obrigação" é questionável. Até mesmo a proibição de fumar, como lei "pareocupada com a nossa saúde" E quantas músicas e poesias nos acaletam porque foram criadas pelas mãos de fumantes. Porque então não se policia o processo de produção do tabaco, suas lavouras, seus impactos ambientais, a finalidade de seus impostos, suas formas de distribuição e renda, assim como a especulação dos jogos sobre os pobres acreditando que vão mudar de vida, acabam gerando um mercado imenso e ilegal. Meu Deus, que tantos mundos de consumo paralelos que se tornam legais pelos estímulos na "psique" -  os argumentos psicológicos são grandiosos no mundo globalizado - além dos jogos de interesse articulados entre si. O consumo de uma coisa alimenta o uso de outra. Uma lei assim gera renda para empresários tal. Nisto mora a inteligência dos ocupantes de cargos decisórios e políticos. Talvez estimular o consumo nas suas formas mais variadas e incomuns.
Chega-se assim ao postulado maior - a Educação.
O vital papel da formação e dos professores, que formam profissionais em vários campos do saber.
Se hoje um médico, um engenheiro, um empresário top, um juiz, um jornalista, um desembargador e outros tanto profissionais podem "consumir" - e normalmente consomem bem, devem, isto aos seus professores que os formaram, que os apresentaram conhecimentos que iriam diferenciá-los do mundo dos pobres mortais. Por isto, recebem capital para consumir em larga escala, e até gerando oportunidades para outros consumirem. Mas e os seus professores?

Podem acreditar que na maioria dos casos os professores estão mais para serem consumidos que para consumirem alguma coisa. Com a educação digital, toda a história da educação se compromete com modelos tecnológicos que sequer pensam em 'pedagogia'. Além disso, o escandâlo dos salários dos professores - baixos para uma das profissões mais desgastantes e que no futuro acaba desabando em algum sistema de saúde. Outra lacuna de consumo - o mundo farmacêutico e suas fórmulas mágicas - com cartelas formatadas de números de comprimidos que em muitas vezes são maiores que as dosagens dos médicos.
E os médicos? Esqueceram que foram alunos e alimentam uma cadeia de consumo às drogas todas e diversas. Não há formação ambiental nas escolas superiores em todas as categorias do saber porque ainda o consumo de tudo traz mais nexo causal a nossa existência que relacionar nossa vida a sistemas da natureza. O mundo urbano é um mundo em si, dicotomizado dos elementos naturais. Ou se dicotomizou pelas formas de vida humana que se apartaram do útero cósmico como se assim pudessem se livrar também do útero materno e inerente complexo de Édipo. Uma odisséia complexa que rege os sistemas de consumo e sua ignorância diante dos colapsos da natureza e da pouca ação ética dos profissionais que estão no poder. A tudo voltamos às ciências ambientais e aos professores como sendo a educação e a alquimia do processo cognitivo a saída mais lógica para a releitura dessas cadeias de consumo, em algm momento a serem sobrepostas ao meio ambiente e à compreensão de todos.
As ciências ambientais e como fazer sua abordagem é ponto máximo nas escolas e universidades.
O grande projeto ambiental no processo e cadeia de consumo mais limpo tem sua base nas relações de saber e educação, inerentes ao desenvolvimento humano, social e ambiental.
Desemboca a questão do consumo e da sustentabilidade na função mater de aprender e, evolutiva nos sistemas cognitivo e de ensino-aprendizagem.
Esse processo também é lento, a relação dos indivíduos com seu ambiente vai sendo construída, explicada como diferente da culpa existencial - do campo psicológico, mas suplementada por um substrato que nos sustenta, que nos alimenta, que nos dessedenta, que gera economia e trabalho, trocas de valores e de bens - sendo o solo e os recursos naturais.
Logo, a 'propriedad'e também se incorpora nas relações de consumo e na ostentação de uma pessoa ou grupo de pessoas em serem sustentadas pela comodidade.
Aí seguramente não está a inteligência. A inteligência vai muito além de acumular bens materiais e riquezas continuadamente sem propósito tal, que além do ego de assim se firmar como superior no grupo social e global.
A inteligência é uma proposta individual de viver melhor, não levando ao prejuízo de outrem no futuro - falando de coisas básicas como tomar água e se alimentar. Como dormir bem e não gerar mais poluição.

Falando, como na propaganda de uma das fotos, em televisão nova para o futebol, se faz oportuno valer um comentário de um professor na sala de aula, a algum tempo, numa aula de modelação matemática:
- No futebol e na vida, os amadores se divertem mais!
Uma boa reflexão para os profissionais do consumo. Insistentemente convictos de vender um terreno na lua - há quem compre!

Outra sugestão de leitura:
Cambio cultural. La situación del mundo 2010. (só clicar)

Sugestão de um simples projeto ambiental

  • Fique sem lavar seu carro por quatro meses - faça manutenção, organize e economize água. Não consegue? Faça assim então, lave você mesmo seu carro, num dia lindo de sol, com balde e pano, claro. Depois coma uma refrescante salada.
Bibliografia: (capa do livro de Maria Antonia Gracía, 2006-Es)


próxima matéria: Poluição dos Solos e das Águas Subterrâneas.

Prêmio Empreendedor Social 2010 - e - Empreendedor Social de Futuro 2010



Na lateral da reportagem "ONGs ambientais ricas e estrangeiras atropelam locais" na Folha de São Paulo de 07 de Março de 2010 lê-se: Inscrição para prêmios sociais abre quarta. Bem, hoje é sexta, mas em tempo de se inscrever ou acompanhar a edição 2010.

A premiação para Empreendedor Social e para Empreendedor Social de Futuro busca identificar e promover líderes sociais que desenvolvam atuação inovadora, sustentável e com impacto na sociedade ou em áreas como ambiente, educação e saúde.

Promovido anualmente pela Fundação Schwarb em 14 países e seis regiões, o prêmio em sua edição brasileira, teve recorde mundial nos inscritos nos últimos cinco anos.

Para se inscrever até o dia 15/05/2010 no site:
www.folha.com.br/empreendedorsocial

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A matéria da Folha SP sobre ONGs é bastante interessante para quem atua em uma, para quem quer ter uma, para quem quer criticar uma, para quem trabalha com meio ambiente.

A Folha fala com uma das mais emergentes ONGs - o IPÊ 'Instituto de Pesquisas Ecológicas' que se posiciona: "Apressadas em obter resultados rápidos para justrificar os recursos levantados, as grandes, ricas e poderosas ONGs estrangeiras 'atropelam' as menores na hora de implementar projetos ambientais no Brasil." A ONG Ipê em dezembro do ano passado venceu o Prêmio Empreendedor Social.

Algumas questões foram colocadas pela Folha à ONG Ipê:
- Como veem a evolução do movimento ambientalista desde a Eco-92 até hoje?
- Qual seria o papel do governo e da sociedade nesse cenário de emergência na questão do clima?
- Existe uma dicotomia entre as ONGs nacionais e internacionais?
- Essa necessidade de resultados rápidos com ONGs sublocadas pode fragmentar o processo?

Um ponto da entrevista:

"É um ponto muito crucial. Só 30% dos papers que são publicados nas grandes revistas, nas reconhecidas, sobre a Amazônia Brasileira, tem um autor ou um co-autor brasileiro. O resto é tudo gringo. O conhecimento gerado fica no norte e, se não chega até nós, como é que vamos competir? Os pesquisadores (estrangeiros) muitas vezes nem se lembram de mandar cópias para as unidades de conservação que estudaram. A pesquisa fica lá."

Comentário:

"Num Workshop em que o blog participou - Brasil/Japão realizado na Unicamp esta já era uma preocupação discutida sobre o destino das publicações. As pesquisas brasileiras só ganham espaço em revistas importantes no cenário internacional, em muitas vezes se os autores brasileiros se colocarem como co-autores e em alguns casos nem mesmo assim. A maioria dos espaços nestas revistas são ocupados por autores do norte, mesmo em temas brasileiros de pesquisa".

Os projetos ambientais de macro-escala - segunda parte da antítese: a proposta do novo código ambiental brasileiro e a adaptação agropecuária


Os projetos ambientais seja em escalas abrangentes como em espectros localizados possuem linguagens, comportamento e pontos de trabalho imaterial - técnico, consubstanciado, defendendo parâmetros de ciência, e mesmo pelos saberes locais, culturais e próprios da inteligência do homem ligado à terra e à água. O homem que se fortalece nas matas é em si um mentor também de projetos ambientais, mas neste momento de crise, possivelmente já se atropelou este homem natural em si, exigindo conjunturas maiores, para a solução dos efeitos de séries de acontecimentos catástróficos. Se faz proativo pensar em linguagens mais sensíveis ao comportamento humano - mostrando significar que a diferença humana está acima do pescoço tornando-o, este homem moderno, uma espécie superior de animal. Neste complemento à postagem anterior em que se inicia uma interlocução ao paradigma da Psicologia Ambiental, mostra-se novos elementos do cenário político dos projetos:  tentativa de mudar literalmente o Código Florestal Brasileiro, com adendos, a um novo denominado Código Ambiental Brasileiro. Assim vamos tratar de discussões atuais no Brasil indo à síncope de adiar as decisões climáticas e a responsabilidade da agropecuária.

(Sem títulos, em texto corrido, apenas com destaques e espaçamentos para as alterações dos assuntos previstos nesse preâmbulo)

Notadamente, qualquer um de nós profissionais, técnicos, professores, engenheiros, órgão ambiental, ente público, vamos nos expor ao envolvimento ou propostas de projetos ambientais que devem ser planejados e pensados para se desenvolverem em um cenário tal, que é nosso país e nossa região e localidade. Isto pois à tentativa de nestas duas postagens remeter a este cenário, onde nos incluimos repetidadamente - como profissionais e como cidadãos. Em qualquer um dos casos não nos exime de responsabilidades. A linguagem e a comunicação é tão importante quanto um projeto em si, e a forma mais real de não sermos lesados é entender o discurso e sua retórica - em muitos casos como antítese ambiental.

"Ligo a televisão e surge o Ministro do Meio Ambiente falando de um novo Código Ambiental. Já tinha ouvido dizer, mas me recusava a acreditar. Aqui mesmo em Minas Gerais houve uma audiência pública para discutir o tema. Com convites da Prefeitura Local. O debate na televisão dizia respeito a uma comissão criada pelo deputado tal. O Ministro dizia e defendeu neste debate coisas como, que esse debate em torno de um novo Código Ambiental se refere a um processo de desburocratização ambiental. Pensei aumentando o som da tv, onde ele deseja chegar. Vamos ver. Fala sobre a legalização da supressão de vegetação de encostas e do Programa Mais Ambiente - de apoio tecnológico, educação ambiental para agricultores viabilizar suas produções e ter alternativas de crédito. Continuo pensado onde quer desembocar o sr. Ministro, com  sua linguagem rápida e indo e vindo em fôlegos para convencer a bancada. O assunto do político continua: é preciso compensar a Reserva Legal mesmo que fora da propriedade. Fala sobre sistemas de cotas de Reserva Legal. Comprar de quem preservou. Usa exemplo "vamos alimentar os coelhos só com cenoura?" indo à possibilidade de compensar a Reserva Legal no Bioma: ampliar para fora do Estado (afirmando que isto não é relevante para a questão ambiental). O Ministro continua, mediado por pergunta ou outra: (a questão que já esperava me assusta) - Podemos pensar em incorporar a Área de Preservação Permanente (APP) com a Reserva Legal (RL) - o quer quer dizer, vamos ser mais claros, para cômputo da RL se pode somar a APP. Forma de atender a todos não só a agricultura familiar mas a toda a agricultura. O Ministro vai além - não há como não destituir a agricultura consolidada em área de APP. A proposta é de 30 anos para regularizar a RL a partir de 2001 - o executivo pensa em dar um prazo maior, precisamos estender o prazo - nesse momento o Ministro se envaidece e emenda "Agricultura e Meio Ambiente não podem ser inimigos" e que a "Legislação Ambiental tem como função preservar o meio ambiente e servir as pessoas". Um deputado em uma questão favorece o Ministro dizendo ter andando por Mato Grosso e Pará em audiências públicas e que um depoimento da cidade de Querência - MT, aproximadamente 1290 famílias estão impossibilitados de produzir em assentamentos por delitos ambientais em Unidade de Conservação (UC), e que esses novos progresso podem levar essas famílias a trocar suas terras por um barraco nas capitais avolumando as favelas. Então sr. Ministro na ilegalidade ambiental essas famílias vendem terras e alteram o 'fluxo demográfico' e a questão fundiária, descaracterizando a função social da terra. O deputado não pergunta, discursa, ainda dizendo "sr. Ministro pensar numa Lei (a proposta do novo Código Ambiental) que contemple isso e ao mesmo tempo, não usar essa designação pequeno, médio e grande produtor; a Lei não pode proteger o pequeno e não o grande. Entre estas citações aconteceu esta reunião em 24 de novembro de 2009 - exibida em televisão aberta - sobre a Comissão Especial para debater a alteração da legislação ambiental." O Ministro termina falando da questão técnica, e da sua importância. Questiona se será que podemos usar a Universidade Pública e Privada para compreender o Bioma? Emenda: devemos aportar o conhecimento técnico e não usar a largura do rio (como prevê o Código Florestal de 1965). Ou seja, o ministro se escora então neste momento no técnico para determinar a largura da faixa de APP e não a largura do rio como prevê a atual Lei Florestal."

Vamos discutir a falácia do Ministro antes do próximo tema? (a agropecuária)

Pensando em projetos de macro-escala como alterar uma Lei tão consolidada como a Política Florestal e em primeiro lugar, analisar esse discurso todo, político, estabelecido não em hipóteses mas em antíteses. As antíteses ambientais estão florecendo. É preciso não se deixar enganar pelo discurso, ou então assumir que ele não é melhor (a proposta de um novo código mas que queremos - mas não devemos) e alinhar as implicâncias nos nosso projetos profissionais e no déficit em favor do meio ambiente. Alguns pontos:

- Se o sr. Ministo quer usar as Universidades para uma política de Bioma agora (e não antes) - porque não a estabelece em uso antes de se alterar a Lei Florestal - mais técnico e mesmo mais lógico do ponto de vista operacional;

- Porque não se configura na Lei Ambiental, mecanismos para as ações vista aos passivos ambientais acumulados em anos, décadas, ao invés de postegar ainda mais o prazo estabelecido em 2001 - criando grupos de profissionais, engenheiros, biólogos para as diferentes regiões do Brasil e seus biomas, gerando oportunidades novas para os engenheiros ambientais (que irão sempre estar atuando em socorros? em emergências? em passivos?). Operacionalizando a gestão ambiental pela recomposição de inúmeras áreas de APPs destituidas mesmo com a Lei de 1965 - que ainda não conseguimos cumprir. Devemos mudar a Lei porque não temos capacidade política para cumpri-la? O que gerou esse imenso passivo ambiental - que agora se quer legitimar?

- A ilegalidade citada por um deputado na discussão - quer irá alterar o fluxo demográfico e fundiário - agora é culpa da ilegalidade ambiental? No discurso torna o meio ambiente um vilão em oportuno comentário do Ministro que diz que a Agricultura quer ser amiga do meio ambiente. Personificando personagens para uma situação complexa, sistêmica, da ecologia profunda - denotando mesmo a descaracterização do conhecimento teórico e prático de base ( a citar Odum). Não de duas pessoas - Meio Ambiente e Agricultura como conflitantes. Conflitante é o modelo predatório de ocupação de áreas e formas pouco ortodoxas de levarem pequenos a venderem suas terras para os maiores. Ou mesmo as justificativas para tudo em favor de desapropriar áreas ambientais para atividades humanas, em moda para a energia. Por que o governo não orienta a reconstituição de áreas ambientais, porque não valida esse modelo de capital tanto quanto para quem produz soja, milho, frutas, algodão. Incentivando a criação de agricultura florestal.

- Os conflitos ambientais na Região Norte são muito mais pelo poder e seu coronelismo sobre os povos da floresta que de outra natureza. A abertura da Floresta Amazônica para áreas de pastagens e venda ilegal de madeira é um fato contra o qual nenhum político consegue fazer valer qualquer lei.

- Incorporar APP em Reserva Legal - francamente ....... usando as palavras de Rolnik quando deixa o Ministério de Cidades - dizendo que é esquisofrênica a política de habitação. Qual o adjetivo para a proposta de desvastar ainda mais as APPs? E os projetos de produção de água? E o uso da tecnologia para aumentar produção em menores áreas? Destitui-se não só a ciência ambiental mas a própria tecnologia em favor da retórica do discurso. Em pleno COP-15, em meio a desfavorecimentos climáticos irregulares, em meio ao caos da morte por enchentes ainda não explicadas, em meio ao colapso da natureza contra a guerra humana, plena de inteligência, por instituir a indústria da destruição dos seus recursos, em pleno século XXI instalado ao debate do "Desenvolvimento Sustentável" e seu significado para as gerações futuras, em pleno curso da humanização das empresas e da vida para a vida, em pleno saculejar das placas tectônicas, em distinto momento de completa tristeza pela legalidade das ocupações ilegais em áreas urbanas e suas vítimas numerosas, em pleno divisor de águas para a caminhada para a auto-destruição e a discutida oportunidade de já não termos passado uma linha divisória, essa proposta de "novo Código Ambiental" não poderia ser mais infeliz.

Sem contar que as Universidades Brasileiras já desenvolveram inúmeros estudos ambientais para distintas regiões do Brasil, especialmente diagnósticos e a grande maioria nunca foi usada pelo governo para implementação de ações ambientais - projetos executivos.

(pausa) ---------------------------------------------------------------------- um pouco de ciência

" Ligo a televisão no dia 09 de Março de 2010 e um importante Climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, está respondendo questões ambientais e sobre projetos futuros para a agropecuária brasileira. Entre os debatedores estão importantes jornalistas na área ambiental. Nas primeiras frases se ouve que a Agricultura no Brasil terá que levar em conta que haverá aumentos nas ondas de calor (o que as plantações não gostam - calor). Os cientistas de 11 instituições diz Novaes, W. ao entrevistado, preveem que em pouco mais de um década os prejuízos na agricultura serão grandes em função do clima. O cientista Carlos Nobre (INPE) responde que sabe do estudo científico dessas instituições de respeito e que a informação científica tem um alto risco de estar certa e baixo risco de estar errada. Um parêntese: é assim que se deve tratar o conhecimento científico, experimentado, acumulado em estudos transferidos na história da ciência. Os políticos têm tratado os cientistas com o mesmo preconceito que se trata o analfabetimo - como se não soubesse de nada, e investido pouco em tecnologia - os projetos brasileiros tem que buscar aporte em instituições internacionais - que publicam os resultados relegando a segundo plano os pesquisadores locais. Continuando a entrevista: as soluções ainda não são aplicadas no campo - porque a agricultura precisa primeiro acreditar nessa nova realidade. Se não houver adaptação, baseada na melhor ciência, a agricultura brasileira perderá muito. O jornalista Novaes interfere Nobre completando sobre as emissões tidas como meta em Copenhague pelo Brasil - mostra dados: a meta proposta pelo Brasil até 2020 ainda fica na emissão per capita em valor de 10 ton/hab.ano, que ainda é muito alta - já que o Brasil está entre os mais poluidores do mundo. Não é um desprezo pelo Clima argui Novaes ao cientista do INPE? Nobre corrige os dados mas que não diminuem quase nada a taxa de emissão em 2020 algo em torno de 2 bilhões e 200 mi de toneladas por ano.  Dizendo que o ideal seria 2 ton/hab.ano e que não é fácil atingi-la. Diz ainda que o Brasil se comprometeu com dimuição de emissões com algo em torno de 25% a 39% na última reunião do clima, mas que não existem estudos detalhados de como fazer essa redução. (Ou seja ainda se continua no discurso). Continua: - Atingir a meta de dimunição nas emissões é resultado de vários setores, mas o principal é conter o desmatamento. Existe sim uma distância entre Política e Ciência Climática. O Brasil tem dados mas adaptação não. Serão refletidos em prejuízos que agricultura vai ter se continuar no modelo atual. A Agricultura (pecuária) dá um tiro no próprio pé quando do desmatamento da Amazônia (gado, soja). Entre 38 e 50% das emissões em determinado ano tem origem na atividade agropecuária para o caso brasileiro, diz o cientista no Programa Roda Viva (Tv Cultura). Em outros países as emissões vem principalmente da queima de combustíveis fósseis - no Brasil vem da especialmente da produção de carne e leite. O que se propõe é que a pecuária entenda que não é necessário abrir novas áreas para aumentar a produção - incorporando a aplicação tecnológica para aumentar a produção em menor área. 60 a 70% das novas áreas abertas na Amazônia são para a pecuária. Os pecuaristas não aceitam a rastreabilidade e o governo mantém as grandes máquinas e frigoríficos pelo BNDS. A média de ocupação chega a uma cabeça de gado por hectare - é baixo, sendo o Brasil o maior exportador de carne do mundo - vende para Rússia, Europa, outros. Os países não perguntam sobre a origem da carne? questiona um debatedor. O cientista responde que começam a perguntar - sendo a pecuária brasileira deve se preparar para isso - para uma resolver uma ilegalidade desiquilibrada. Além dos 100 mi ton metano emitidas pelo processo digestivo do gado. Falou-se inclusive em confinamento com aproveitamento de gases. A um futuro longe para o Brasil - discutindo ainda, vacinas, aditivos químicos , forrageiras vistas a diminuir as emissões de gases contra o aquecimento global. Falou-se ainda da nova Usina nuclear ao nível do mar - mas deixaremos para uma postagem sobre energia. "Finalizando o cientista do INPE disse que o nível do mar subiu, as enchentes aumentaram e que os alimentos estão ficando mais caros - e ele mesmo questiona: - Vai ter espaço na agenda política?" 

Esse segundo ponto da postagem - ciência -  o Blog Projetos Ambientais não estenderá comentários.

Apenas vamos concluir esse postagem - complementar a anterior que intitula-se "Sinapses - psicologia antítese do poder da cultura política". E sobre os pontos terminantes que abriram novas reflexões.

Usando-se da sociologia, voltamos à psicologia ambiental, apreendendo alguns pontos das relações humanas com a natureza das coisas e com os recursos naturais:

"Toda a cultura elocubrada na história ----------------- não há um projeto interno de feminilidade - a mulher assume no seu entorno, no que vai a volta da menina - isso ela absorve e filtra na medida que se experimenta na natureza das coisas - da mulher que se recria, possivelmente sendo esgotada a exaustão masculina na relação com os recursos naturais."

"Especialmente a embrionária dos sistemas ocidentais de consumo"

"A exclusão do índio do processo, da cadeia ecossistêmica e a pouca assimilação dessa cultura pelo homem branco"

"Os 70% dos 1.300 milhões de pessoas que vivem em absoluta pobreza são mulheres. Portanto como maioria em um mundo pobre, as mulheres assumem papel decisivo no processo de gestão e preservação da biodiversidade, água, a terra e outros recursos naturais. Um importância em muitas vezes ignorada (Garcìa, 2006)."

"O Desenvolvimento Sustentável não é possível sem equidade. A igualdade de gênero é fundamental em qualquer ação dirigida a melhor qualidade de vida das pessoas. Garcìa, 2006."

"O desejo ambiental é interno. Não se promove gestão ambiental se internamente não queremos, não assumimos a consciência do respeito ao que vai além de mim, ou de onde vim, se não desejo. Possa ser que nasça com o homem e mulher a consciência ambiental. Ou mesmo que possa ser desenvolvida na "psique" de alguma forma, pelas experiências vividas, e atreladando-se ao postulado unívoco do "eu". A relação social e ambiental torna-se extensão do atributo "psique" - ou se não ainda tido na psicologia clássica - se estende na tentativa de compreender a auto-destruição e o desafeto (mascarado) entre o masculino com o feminino - isto fazendo complementar ao final da postagem anterior onde questionamos "o poder da destruição ambiental é fálico?". Possa ser, o caráter da destruição intensa de biodiversidade e destruição da Amazônia ocorre, por um homem introduzido neste novo habitat, desconhecido para ele, atributos de um suicídio coletivo - 'sui generis' em si. Representativo de que ele (o homem) não conheci a si. Mas referenciado na obviedade da pouca experiência vivida para si, para o seu "eu", de sua (do homem)  temeridade com sua própria projeção na extensão que vem da mulher, como progenitora, como natureza, como personificação do poder da criação, afinal a mulher 'é quem pare (de parir)' - situações ainda pouco exploradas ou não resolvidas pelo próprio homem na sua "psique" - no campo da consciência translúcida. Ou seja, o homem, que se coloca na atualidade, distante da realidade ambiental, ainda não conhece o seu objeto de desejo histórico - a mulher como sua amada e nesta extensão a natureza como alma feminina, criadora, sustentadora da vida, da biodiversidade. Nisto, ela, a mulher, se recria, primeiro num plano extensivo da masculidade, assumindo a culpa auto-destrutiva conjunta e de alguma forma na sua inserção de busca pela independência, absorver características do modelo masculino de existir. Mas, depois, descobrindo-se com o mesmo direito de pensar e agir - que é este momento da existência, ela busca se recriar, existir por ela mesma, num primeiro momento ainda maternal, em seguida se decepcionando com esse homem de caráter destrutivo e depois ela, provavelmente, vá se reconciliar com a natureza. "Não se presume a interrupção da destruição ambiental sem o desejo interno das sociedades". Então, os paradigmas de existir são modelados para os menos pensantes, que preferem compar a idéia de um modelo de pensar vindo do marketing do capital e das relações de consumo. Sem ter a consciência ambiental, como derivada da natureza - mãe da vida, construída pelos pais, conjuntamente, no processo de crescimento e de formação da personalidade e pela cultura de entorno, o novo indivíduo se dicotomiza das relações naturais. Personificando um elucubrado no inconsciente coletivo que é apenas o sintoma de uma síncope inicial, da devastação culturalmente postergada como desejo de estender a masculinidade, mas em retração pela feminilidade que se projeta como auto-defesa de vida internalizada na consciência-inconsciente histórica. Logo, se suplementa a questão da idéia de lugar e poder, masculinas em si, e transferidas à mulher pelo homem, como necessidade de viver as novas experiências adiadas de alguma forma pelos antepassados, elementos vitais na explicação da antítese ambiental. Assim é mais fácil, ainda, o homem explorar ou retirar da natureza mais do que seria seguro para a sua própria seguridade, em lugares distintos dos seu habitat fixo - mas não pode mais assumir essa culpa sozinho, ele precisa da mulher como justificativa de seu comportamento auto-destrutivo. Os fixos e fluxos de existir se alternam na ilegalidade do risco e do perigo, como elementos de poder, que sucistam o novo homem ao confronto de que a natureza como sua casa, dando-lhe acomodação no carinho materno, uterino da natureza como mulher, mas ainda não lhe dá a consciência plena, como tam bém nós não a temos no ato da nascimento - um processo que age como uma anestesia que vai dando consciência aos poucos a esse homem e a essa nova mulher - não se nasce quando se é expelido do útero, vamos acordando aos poucos, o processo evolutivo e de formação inicial da consciência ocorre não apenas na fase embrionária, mas até anos depois, muitos anos. E de outro lado, a consciência ambiental pela antítese do poder da cultura, especialmente a cultura de massa (as histórias em quadrinhos, a publicidade e as revistas de celebridades), se faz maior que a relação de subsistência - e, nesses séculos, ainda estamos anestesiados como mecanismos de  respotas à consciência coletiva. O homem como estado existencial não nasce na sua criação mas tempos depois, possivelmente ainda anestesiado pela dor do nascimento - e intra-uterina também, o choque do conforto interno com um mundo dinâmico - frio, claro demais, com cheiros oscilantes e ruídos intensos. Esse primeiro contexto, ainda em esboço, leva ao complexo refluxo de relações entre o masculino e feminino, tidos na questão ambiental, como não explicados pela insistên cia exaustiva da devastação, mesmo nas situações atuais, de trajetória ao colapso. A mulher então, carrega em si, com o poder da gestação humana, a submissão descontínua: quer dar ao homem uma consciência mais ambiental, gerando novos filhos, que se encadeiam nos conflitos de gerações e numa cultura instituída pouco ambiental. Ela, segue, nos 'amamentando' com seus recursos naturais, mas também sinalizando que não quer  mais essa masculinidade auto-destrutiva, já que cria a vida - desvendando-se afinal, numa mulher ambiental que deverá alimentar o Desenvolvimento Sustentável, diante da incapacidade do destruidor de não ter se regenerado e ainda querer influenciá-la. O homem resiste à submissão, então.  Mas este é um processo sensível, truncado de elementos acumulados e estagnados na resistência ainda atual de nos harmonizarmos com outras formas de vida. Esse poder coletivo de evolução é lento e, submetido ao poder do homem culpado, que reforça seu poder de não sentir culpa sobre gerações desinteressadas dessa discussão, pois precisam do instante, sabedores internos de que o futuro é incerto. O poder presume a auto-destruição como marcador da territorialidade, também, herdada no inconsciente coletivo - animal e a sensação de estar mais sozinho torna a virtualidade uma realidade - nos sintomas da tecnologia como terceiro elemento entre o feminino e masculino, disputantes do retorno em sistemas de inteligência para controle das questões emergenciais na natureza. Nisto, pois, penso nasce a Psicologia Ambiental. À  complexidade do simples que é se bastar em felicidade por poder olhar para o outro e poder ter sentimentos. Sendo este outro o seu espaço ao redor, o seu meio ambiente, o seu habitat, as outras formas de vida. Sugerindo o cuidado com a nossa própria extensão biológica e, em parte, mais resistente que nós mesmos!"

"O contexto sinaliza para a  violência? Ou a violência é a resposta sintomática de um processo de degradação inenetente ao saber humano genético? Não será que as gerações vendo a destruição contínua do meio ambiente, se aculturem dessa forma de existir? Onde mesmo estão as sinapses ambientais - de geração ou de desuso?" - uma grande lacuna para a Psicologia.

Nascem as sinapses ambientais..... ou questioná-las "geograficamente", foi o propósito dessa matéria (em duas partes).
Relacionando a dimensão da cultura e da política como elementos de fundo à Psicologia.
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Uma sugestão de projeto ambiental 'psicológico': abraçar uma árvore ou estar perto de um animal sem destrui-lo, estabelecer comunicação com outra forma de vida que não a humana. Adotar uma espécie em seu apartamento, cozinhar pra você mesmo (a), lavar sua roupa, ir trabalhar de bicicleta (tente!) ou fazer um desenho ambiental e colar na parede do quarto; Com essa então! Beijar e ter uma noite feliz.

Termindando nestas duas postagens o tema Psicologia Ambiental (pretenso a um terceito momento), passamos a cuidar da próxima matéria: Consumo Sustentável. E estamos tentando entrevistas.

O abraço das águas!
Até mais, Projetos Ambientais.

Referências Bibliográficas e Mídia

- Tv Cultura
- Tv Senado, Câmara
- Odum - Ecologia.
- Henrique Leff - Epistemologia ambiental.
- Leituras diversas da área de psicologia e palpite de amigos:
- Carl Jung
- Donald Winnicott
- Melanie Klein